A Fundação Hemominas recebe em seus ambulatórios, localizados em todo o estado, mais de 13 mil pacientes com hemoglobinopatias e coagulopatias, entre elas, a anemia falciforme e hemofilia. E a presença das mães nesses espaços de atendimento se dá de duas formas: são mães também afetadas por uma dessas doenças ou mães que acompanham seus filhos e até netos no tratamento recomendado para cada um deles.
Este ano, em comemoração ao Dia das Mães e atendendo ao convite da Fundação, muitas delas enviaram seu recado para as outras mães doadoras de sangue que, com seu gesto solidário, contribuem para salvar suas vidas e a de seus filhos.
Elizabeth do Carmo Cruz, por exemplo, é uma das mães cujos dois filhos – Vitória e Vítor Augusto, ambos com doença falciforme, se tratam no Hemocentro de Belo Horizonte (HBH), recebendo transfusões de sangue regularmente. Emocionada, ela se manifesta: “Deixo meu Muito Obrigada a todas essas mães que vêm se doar em benefício de meus filhos. Todos os dias, elas estão nas minhas orações, pois, abaixo de Deus, devo a elas e aos demais doadores a vida de meus meninos. Antes de começarem o tratamento, nada melhorava a condição de saúde deles, apesar dos remédios, mas era só a primeira gotinha de sangue cair nas veias que a vida já fazia presente neles”.
Vanessa Ávila: “Sou mãe da Sofia, que tem anemia falciforme e é cuidada na Hemominas desde o teste do pezinho. Deixo a todas as mamães doadoras o meu Muito Obrigada!” – Fotos: Adair Gomez
Por sua vez, Vanessa Soares de Ávila, a mãe da paciente Sofia, 11 anos, que tem anemia falciforme e vem de Ribeirão das Neves todos os meses para receber a transfusão, reitera a gratidão às mães doadoras: “Sou profundamente reconhecida a elas por ajudarem a salvar a vida de minha filha e de várias outras crianças que passam pela mesma situação, dependendo das doações de sangue para sobrevier e ter uma melhor qualidade de vida”.
Invertendo os papéis, a paciente Rosaline de Araújo, portadora de anemia falciforme, é uma mãe de 32 anos, também assistida no HBH. Sua filha, Vitória, de 8 anos, é quem a acompanha nas idas ao Hemocentro: “Só tenho a agradecer às mães que doam sangue para eu poder sobreviver e cuidar dos meus filhos”, declara.
Pedro e a mãe, Márcia, no ambulatório do HBH: "O fator foi uma benção!" - Fotos: Adair Gomez
Já Pedro Barbosa Santos, 18 anos, é outro que se beneficia das doações de sangue de outra forma: com hemofilia, doença caracterizada pela deficiência ou anormalidade do fator VIII da coagulação, proteína essencial para a coagulação do sangue, ele é atendido no HBH desde menino. Acompanhado pela mãe, Márcia Barbosa, ele vinha ao Hemocentro três vezes por semana para reposição do fator VIII, medicamento produzido a partir do plasma humano, obtido nas doações de sangue realizadas nos hemocentros brasileiros. Sob a supervisão de profissionais do ambulatório, ele se preparou para fazer a autoinfusão do fator em domicílio e, agora, só vem ao HBH para pegar o medicamento ou quando tem consulta. “O fator foi uma benção”, diz a mãe”, Márcia.
A doença é hereditária, ligada ao cromossoma X, e sua manifestação clínica característica são as hemorragias intrarticulares (joelhos, cotovelos, tornozelos etc.), na cavidade oral, sistema nervoso central e após procedimentos cirúrgicos, entre outras. Seu tratamento consiste basicamente na reposição do fator anti-hemofílico.
Outra mãe agradecida: Sueli Aparecida e a filha Samara Loran: - Fotos: Adair Gomez
A todas as mães que doam sangue e àquelas que nos ambulatórios e em todos os setores da Hemominas cuidam para que a saúde dos filhos alheios e do coração seja preservada, o abraço da Fundação Hemominas.
Dia das Mães
Apesar de ter registro da primeira comemoração em Porto Alegre, na década de 1910, a data se tornou ofical no Brasil apenas em 1932, pelo entao presidente Getúlio Vargas.
...a Fundação Hemominas possui 22 unidades que fazem coleta de sangue no estado, uma unidade administrativa na Capital e um Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio).