A Fundação Hemominas adota como critérios básicos para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue aqueles estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia. Além desses, a Hemominas observa outros critérios, fundamentados em literatura nacional e internacional, visando à proteção e segurança de doadores e receptores.

Nesse sentido, cabe esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto. Algumas situações, pela sua natureza mais delicada, somente podem ser discutidas com o profissional responsável pela triagem do candidato à doação. O candidato é entrevistado por um profissional de saúde, que faz algumas perguntas de caráter pessoal e íntimo. As informações prestadas são mantidas em rigoroso sigilo. A Hemominas não discrimina ninguém, mas existem doenças que podem ser transmitidas pelo sangue e que, às vezes, não podem ser totalmente evitadas com a realização dos exames laboratoriais de triagem do sangue, já que existe um período no qual as infecções nem sempre são detectadas nos exames. 

Para consultar os critérios, verifique sempre todos os fatores associados: exames e procedimentos realizados, diagnóstico e tratamento realizados. Prevalecerá sempre o maior tempo de inaptidão. Vale lembrar, também, que estas normas são submetidas à revisão periódica. Verifique-as sempre que desejar doar sangue.

Mas você pode continuar ajudando a salvar vidas: incentive pessoas que você conheça a realizar uma doação de sangue. Sua atitude pode promover mudanças significativas na sociedade e na vida de quem precisa de sangue.

Em 2024,a Rede Hemominas recebeu um total de 349.825 candidatos à doação de sangue, sendo 3,4% maior do que em 2023 (338.267 candidatos).

ATENÇÃO  

A Hemominas atua de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nº 13709/2018. Informamos que não solicitamos dados pessoais, como RG e CPF, por telefone.

Se alguém recorre aos serviços da Hemominas exclusivamente para fazer exames, não deve doar sangue. Procure o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de sua cidade, através da Prefeitura ou Secretaria Municipal de Saúde. Em Belo Horizonte, o telefone do CTA é (31) 3277-5757.

Entrada e permanência de menores no ciclo do sangue

“A Fundação Hemominas se preocupa com a segurança de todos no processo de doação. Assim, nos casos em que algum menor de 16 anos for comparecer com o candidato no dia da doação, é necessário trazer um outro adulto para acompanhar o menor, uma vez que a entrada e permanência de menores de 16 anos desacompanhados nas dependências das unidades não são permitidas. Dessa forma, o menor somente poderá permanecer caso haja um acompanhante maior de idade, além do o candidato à doação. A Hemominas conta com a compreensão de todos, pois, com esta medida, visa resguardar o compromisso com a segurança do paciente e do doador, atenta à preservação de ambiente compatível com as melhores práticas de saúde, como recomendam as estratégias e ações de gestão de risco constantes na RDC 36/2013 (artigo 8, alíneas XI e XVII) e RDC 34/2014, do Ministério da Saúde / Anvisa.”

As informações a seguir se destinam a esclarecer candidatos com história clínica. Doadores considerados inaptos pelos exames laboratoriais na Fundação Hemominas devem seguir a orientação recebida na entrega dos exames de segunda amostra.


Não vale desistir
Quem não pode doar, de imediato, pode voltar em outra oportunidade.
A Hemominas conta com a solidariedade de todos.

 

Critérios gerais

Alimentação
Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte.

Hidratação
A ingestão de líquidos em volume maior bem antes e depois da doação é muito importante. Uma boa hidratação torna mais fácil a punção venosa e reduz a ocorrência de reações adversas.

Documentos
Para doar sangue é necessário apresentar um documento original e oficial de identidade que contenha foto, filiação e assinatura: Carteira de Identidade, carteiras de Conselhos de Classe reconhecidos oficialmente, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, Carteira Nacional de Habilitação, CPF obrigatório. Podem ser apresentados documentos digitais que possam ser verificados, desde que tenham assinatura para conferência.

Estado geral
O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador. 

Frequência cardíaca / pulso
Serão avaliados pelo médico. Devem ser regulares e estar entre 50 e 100 batimentos / pulsação por minuto. Fora destes limites, apenas a critério médico.

Idade
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Pessoas com mais de 60 anos somente poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60 anos, independente do sexo, e devem respeitar o intervalo mínimo de seis meses entre as doações. Se você doou em outro serviço de hemoterapia, apresente um comprovante para poder doar.

Atenção, se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 ou mais de 60 anos, é  importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue. 

Intervalo entre doações

Mulheres
Podem doar sangue com um intervalo de 90 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo três vezes em um período de 12 meses.

Homens
Podem doar sangue com um intervalo de 60 dias entre uma doação de sangue total e outra, até, no máximo, quatro vezes em um período de 12 meses.

Nutrição
O candidato a doador deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais do corpo. Por isso, caso haja algum déficit proteicocalórico ou vitamínico, deve-se aguardar a normalização do estado nutricional para doar sangue. Caso se observe uma perda rápida de peso acima de 10% do peso inicial, é preciso aguardar três meses após a estabilização para a doação de sangue, mesmo que não se tenha utilizado medicamentos. Se houver perda de peso, sem que a pessoa tenha se submetido a dietas ou condicionamento físico, recomenda-se uma avaliação médica para averiguar o motivo.

Peso
A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8 mL/Kg e, para os homens, 9 mL/Kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de coleta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue e impedem a doação por pessoas com peso inferior a 50 Kg. Assim, na Fundação Hemominas coletam-se bolsas de sangue de acordo com as seguintes condições: 

  •       Homens acima de 50 kg: 450ml
  •       Mulheres entre 50 e 55,9 kg: 410ml
  •       Mulheres com 56 kg ou mais: 450ml

O peso será verificado no momento da doação e será descontado 1 kg referente ao peso da roupa.

Além disso, visando à segurança do doador, respeitamos o peso máximo suportado pela cadeira de coleta recomendado pelo fabricante, a fim de evitar acidentes durante a doação de sangue. Esse limite é variável, em função de diferentes modelos e fabricantes. Em torno de 130, 140 kg, sugerimos contatar a unidade onde pretende doar para saber o limite das cadeiras locais.

Para informações sobre obesidade, veja o item Doenças das glândulas (endócrinas) e metabólicas 

Pressão arterial
Será aferida no momento da doação. A pressão sistólica (máxima) não poderá exceder 180mmHg ou estar abaixo de 90mmHg; a pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg ou estar abaixo de 60mmHg. É oportuno lembrar que a pressão arterial pode modificar-se rapidamente em resposta a exercícios físicos e ansiedade. Assim, não fazer esforço vigoroso antes de doar e permanecer tranquilo antes e durante a entrevista evitará que a doação não se efetive devido a uma alteração aguda da pressão arterial.

Candidatos portadores de hipertensão arterial
Essas pessoas somente poderão doar sangue na Fundação Hemominas se estiverem em uso de medicamentos de classe que não contraindiquem por si só a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), apresentando níveis pressóricos controlados e sem lesões secundárias que impeçam a doação (por exemplo, insuficiência cardíaca, insuficiência renal).  Para avaliar tais condições, sugerimos que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado e informando a condição clínica do candidato. No dia da doação, a pressão arterial será aferida, e a doação apenas será realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg. Salientamos que a Fundação Hemominas contraindica a suspensão de medicamentos para a realização de doação.Verifique o medicamento em Uso de medicamentos. Caso tenha dúvida, pergunte ao seu médico qual classe de medicamentos utiliza.

Repouso  
O candidato deve ter dormido, pelo menos, quatro horas. Idealmente, deve ter dormido dentro do seu habitual, sentindo-se descansado no momento da doação. Se você trabalha no período noturno, compareça após seu horário diurno de descanso.

Sintomas comuns que impedem a doação

  • Febre (pico isolado), sem outros sintomas associados: aguardar sete dias após a melhora do sintoma (em função da pandemia e epidemia de Influenza, considerar 14 dias).
  • Febre persistente de origem indeterminada: aguardar diagnóstico ou, no mínimo, três meses sem febre.
  • Diarreia, sem necessidade de uso de antibióticos: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas (em função da pandemia, considerar 10 dias).
  • Gripe ou resfriado: aguardar sete dias após a melhora dos sintomas. Se associada à temperatura corporal igual ou superior a 38°C, aguardar 14 dias após a melhora dos sintomas. 

Esclarecemos que, em virtude da pandemia do coronavírus, o candidato que apresente qualquer sintoma respiratório, mesmo que leve, sem febre ou outros sintomas infecciosos, deverá aguardar 10 dias após recuperação para doar. Caso apresente febre, será necessário aguardar 14 dias para doar.

Temperatura
O doador deve estar sem febre. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.

Alergias              

  • Comuns (manifestações cutâneas ou respiratórias de intensidade leve a moderada): inaptidão na fase aguda e durante tratamento. Sintomas alérgicos respiratórios, como rinite, em função da pandemia, aguardar 10 dias. Se o candidato testar negativo para coronavírus no 5º dia de sintomas, poderá doar após 24 horas sem sintomas e sem uso de medicamentos antitérmicos.

  • Se estiver realizando tratamento de dessensibilização: apto após 72h de cada aplicação.
  • Antecedente de reação anafilática e de alergia à esterilização com óxido de etileno: inaptidão definitiva.

Desportistas e atividades ocupacionais de risco      
Não é aconselhável doar sangue 24h antes de uma competição esportiva importante. Uma espera de 12h é aconselhável após a doação de sangue, nos seguintes esportes: ciclismo, natação, alpinismo, paraquedismo, mergulho submarino, esportes automobilísticos, motociclismo em competições, escalada, rapel e outros esportes radicais.

Trabalhadores de atividades consideradas de risco
Aptos caso possam interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 horas após a doação. Entre as ocupações consideradas de risco para o próprio indivíduo ou para outros estão: pilotar avião ou helicóptero, conduzir veículos de grande porte (ônibus, caminhões e trens), operar maquinário de alto risco (indústria e construção civil), trabalho em andaimes e prática de pára-quedismo ou mergulho.

Ferimentos
Ferimento traumático aberto (Solução de Continuidade) - aguardar cicatrização: apto após cicatrização e na ausência de complicações.
Ferimento traumático suturado - aguardar cicatrização: apto após a retirada dos pontos, cicatrização e na ausência de complicações.

Uso de aparelhos/equipamentos para deambulação/locomoção
Será avaliado o esforço necessário após doação, tanto no que se refere ao geral, quanto ao membro puncionado. Em caso de risco aumentado de reação adversa, haverá necessidade de acompanhante para auxiliar na deambulação/locomoção. Neste momento de pandemia, está contraindicada a presença de acompanhantes que não realizarão doação de sangue para reduzir aglomeração.

Acupuntura e piercing

  • A realização de acupuntura por profissionais autorizados (clínicas e profissionais com autorização da Vigilância Sanitária), em condições de antissepsia (adotando normas de procedimentos para redução da ocorrência de infecções), impede a doação por 72h, se não houver sinais inflamatórios locais. Quando realizado por profissionais não autorizados ou sem condição da avaliação da antissepsia, impede a doação por 12 meses.

  • Piercing (aros metálicos aplicados ao corpo): em condições de antissepsia adequadas aguardar seis (6) meses, e 12 meses quando não for possível avaliar. Quando localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação 12 meses após sua retirada. Este impedimento decorre do risco de transmissão de agentes infecciosos relacionado a estes procedimentos.

Anemia

O candidato aprovado na triagem clínica para doação será submetido, também, a um exame prévio para identificação de anemia. No momento da seleção, será determinada a concentração de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de sangue do candidato à doação, obtida por punção digital ou por venopunção ou por método validado que possa vir a substituí-los.

Os valores mínimos aceitáveis do nível de hemoglobina/hematócrito são:

Mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%;
Homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%.

Quando o resultado for inferior ao mínimo legal para doação, o candidato será encaminhado para realizar exames externos. Caso apresentem níveis de ferro dentro da normalidade, poderão se candidatar novamente no prazo de 30 dias. Candidatos com valores de ferro abaixo do normal ou que não realizem avaliação externa deverão aguardar 6 meses para se candidatar novamente.

O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que 18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de doar e encaminhado para investigação médica para descartar doenças como causa, especialmente hematológicas. Em caso de liberação e nova ocorrência de hemoglobina elevada, o médico da Fundação Hemominas deverá avaliar a necessidade ou não de nova propedêutica.

Pessoas portadoras de anemia hereditária (transmitida de pais para filhos) não podem doar sangue. Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses após a normalização dos exames e término do tratamento. Quando detectado um valor inferior ao limite de doação, mesmo que ainda não caracterizando anemia, recomendamos aguardar 6 meses para uma nova avaliação para doação de sangue.

Portadores do traço falciforme (presença de hemoglobina S associada à hemoglobina A no exame de eletroforese de hemoglobina, característico de familiares de pacientes portadores de anemia falciforme ou drepanocitose) podem doar sangue normalmente. Na Fundação Hemominas todo o sangue doado é avaliado para a presença de hemoglobina S e quando é detectada sua presença, o sangue é rotulado a fim de que seja utilizado apenas em pacientes que não possuam contraindicação para recebê-lo. Os portadores de traço falciforme não devem doar através do método de aférese.

Cirurgias e procedimentos médicos, incluindo estéticos

Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido; outras, pela doença que gerou a necessidade da cirurgia. A inaptidão é relacionada também à extensão da cirurgia. Abaixo, algumas cirurgias mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Atenção: sempre serão avaliados outros requisitos como a doença de base, medicamentos em uso; portanto, não deve ser considerado apenas o tempo do procedimento isoladamente.

Cirurgias mais frequentes 

Tempo de liberação

Amigdalectomia

Apto após 3 meses.

Anestesia geral em procedimentos cirúrgicos não especificados neste item do manual

Apto após 30 dias considerando-se apenas o procedimento anestésico. Este tempo pode se prolongar dependendo do tipo de cirurgia realizada.

Apendicectomia (retirada do apêndice)

Apto após 3 meses.

Aplicação de metacrilato

Ver preenchimento dérmico.

Aplicação de toxina botulínica (Botox)

Apto após três (3) dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, inaptidão por 12 meses.

Artrodese de coluna (cirurgia para estabilização das vértebras)

Apto após 6 meses.

Artroscopia (exame das articulações/juntas com o uso de artroscópio - equipamento endoscópico)

Apto após 6 meses.

Balão intragástrico

Apto após 6 meses da retirada e estabilização de peso.

Carboxiterapia (injeção de gás carbônico no subcutâneo – abaixo da pele)

Apto após três (3), dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses.

Cateterismo cardíaco (exame para avaliação dos vasos do coração)

Apto após 30 dias.

Cauterizações (tratamento com queima de vasos)

Apto após 30 dias.

Cintilografia (tipo de exame para rastreamento de lesões com injeção de contrastes radioativos)

Apto após 7 dias.

Cirugias vasculares complexas (excetuando-se varizes e traumas vasculares periféricos)

Inaptidão definitiva.

Cirurgias adenoma prostático

Apto após 3 meses.

Cirurgias cardíacas

Inaptidão definitiva.

Cirurgias de hipófise

Inaptidão definitiva.

Cirurgias de paratireoide

Apto após 6 meses.

Cirurgia de politrauma

Apto após 12 meses.

Cirurgias de suprarrenal: feocromocitoma

Inaptidão definitiva.

Cirurgias de tireóide

Apto após 6 meses.

Cirurgias dermatológicas de pequeno porte

Apto após cicatrização.

Cirurgias endoscópicas (cirurgias realizadas com uso de fibra ótica em tubos flexíveis)

Apto após 6 meses.

Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de grande porte

Apto após 6 meses.

Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de pequeno porte

Apto após 3 meses após alta.

Cirurgias por má-formação renal

Sem sequelas funcionais: apto após 6 meses.

Cirurgias do Sistema Nervoso Central (SNC)

Apto após 6 meses, sem sequelas ou sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, após alta do acompanhamento neurológico.

Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Cirurgias oftalmológicas (olhos) com acesso ao sistema nervoso central

Apto após três (3) meses, sem sequelas, ou sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, após alta do acompanhamento neurológico.

Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Cirurgias oftalmológicas (olhos) de pequeno porte (pterígio, catarata, miopia, laser)

Apto após a alta oftalmológica.

Cirurgias ortopédicas

Apto após 6 meses.

Cirurgias de doenças benignas da mama

Apto após 6 meses.

Cirurgias plásticas sob anestesia local

Apto após 3 meses.

Cirurgias plásticas sob bloqueio peridural ou raquimedular ou anestesia geral

Apto após 6 meses.

Cirurgias urológicas (incluem trato urinário e sistema genital masculino) de pequeno porte (vasectomia, fimose, hipo e epispádia)

Apto 30 dias após alta.

Cirurgias de varizes de membros inferiores

Apto após 3 meses.

Colecistectomia (retirada de vesícula)

Apto após 6 meses.

Colectomia (retirada do intestino grosso)

Apto após 1 ano.

Criolipólise (procedimento estético)

Aguardar 3 dias após cada sessão para avaliação de reação inflamatória. Estando sem sinais inflamatórios, liberar.

Curetagem

Apto após 12 semanas, se pós-aborto; demais causas, apto após a cura.

DIU (dispositivo intrauterino)

Apto.

Eletrólise

Apto após três (3) dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, apto após 12 meses.

Endoscopias/laparoscopias (procedimentos para exames e cirurgias realizados por meio de instrumentos endoscópicos) – ver definições básicas

Apto após 6 meses.

Enterectomia (retirada do intestino delgado)

Inaptidão definitiva.

Enxertos heterólogos de tecidos (tecidos de doadores)

Apto após 1 ano.

Esclerose de varizes de de membros inferiores

Apto 3 dias após procedimento.

Esplenectomia (retirada do baço)

Inaptidão definitiva.

Esplenectomia pós-traumática (retirada do baço após acidente)

Apto após 1 ano.

Exames com contrastes aéreos

Apto após 30 dias.

Exames com contrastes baritado

Apto.

Exames com contrastes iodado

Apto após 30 dias.

Extração de cálculos

Apto após 3 meses.

Gastrectomia total e subtotal, incluindo cirurgia bariátrica com ou sem colocação do anel (retirada do estômago total ou parcial, ou redução de volume)

Inaptidão definitiva.

Hemorroidectomia

Apto após 3 meses.

Hepatectomia pós-trauma, doação, má-formação (retirada do fígado)

Apto após 1 ano.

Hernioplastia (cirurgia para tratamento de hérnia no abdômen)

Apto após 3 meses.

Histerectomia (retirada do útero)

Apto após 6 meses.

Infiltração articular (aplicação de medicamento diretamente nas artitculações/juntas)

Apto após 15 dias.

Laminectomia (cirurgia para descompressão do nervo ao nível da coluna)

Apto após 6 meses.

Laparoscopia (cirurgia abdominal com uso de laparoscópio – endoscópio)

Apto após 6 meses.

Laparotomia branca (cirurgia do abdômen em que não foi identificada alteração dos órgãos)

Apto após 3 meses.

Lipoaspiração (cirurgia estética para retirada de gordura localizada)

Apto após 6 meses.

Litotripsia (a laser) (destruição de cálculos renais com laser)

Apto após 30 dias.

Lobectomia (retirada de parte do pulmão)

Inaptidão definitiva.

Mesoterapia (procedimento estético com injeção de enzimas no subcutâneo – abaixo da pele)

Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses.

Microagulhamento

Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, apto após 12 meses. Uso domiciliar: necessário avaliar possibilidade de compartilhamento.

Mielografia (exame da medula espinhal com injeção de contraste)

Apto após 30 dias.

Nefrectomia por patologias que não má-formação renal (retirada do rim)

Inaptidão definitiva.

Nefrectomia (retirada do rim) pós-trauma, doação, má-formação

Apto após 6 meses.

Parto cesariana

Apto após 6 meses.

Parto normal

Apto após 12 semanas.

Pleurostomia (cirurgia para tratamento de doenças na pleura)

Apto após 3 meses.

Pneumectomia (retirada de um pulmão)

Inaptidão definitiva.

Preenchimento dérmico (procedimento estético para redução de rugas)

Apto após 3 dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis.

* Ainda necessário avaliar material utilizado:

- Se gordura autóloga, metacrilato, politetrafluoroetileno, hidroxiapatita de cálcio, ácido poliláctico, ácido hialurônico sintético (Restylane Fine Line®, Restylane®, Perlane®, Restylane Sub Q®, Juvederm®, Captique®: apto após cicatrização.

 - Se uso de material de origem humana heterólogo ou animal: apto após 12 meses.

*Colágeno: CosmoDerm®, Cosmoplast®, Zyderm®, Zyplast®. *Derme de cadáver humano: Cymetra®, Dermalogen®, Fascian®. *Ácido hialurônico derivado de animal: Hylaform, Hylaform Plus;

Procedimentos com radioisótopos (exames ou tratamentos com materiais radioativos)

Apto após 7 dias de cada aplicação.

Procedimentos estéticos não discriminados

Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses.

Punção articular (retirada de líquido em articulações ou juntas)

Apto após 15 dias.

Punção nódulo mamário (retirada de material de nódulos/caroços nas mamas)

Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.

Punção nódulo tireoidiano (retirada de material de nódulos/caroços na tireóide)

Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária.

Radioterapia (tratamento com material radioativo)

Considerar doença de base e resolução dos eventuais efeitos adversos.

Ressecção de aneurisma

Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes.

Ressecção de varizes

Apto após 3 meses.

Retirada de nódulo (caroço) mamário

Apto após 6 meses.

Simpatectomia (tipo de cirurgia em nervos)

Apto após 1 ano.

Tireoidectomia, cirurgias de tireóide

Apto após 6 meses.

Toracocentese (punção do tórax para retirada de ar ou líquido)

Apto após 6 meses.

Transfusão autóloga (transfusão do próprio sangue)

Será avaliado o prazo do procedimento que gerou a necessidade da transfusão, visto que este excederá o prazo do risco da transfusão.

Transplante de córnea

Inaptidão definitiva.

Transplante de duramater (membrana que recobre o sistema nervoso central)

Inaptidão definitiva.

Transplante de órgãos

Apto após 1 ano.

Xenotransplante

Recebimento de células vivas, tecidos vivos, órgãos vivos de fontes animais não humanas.

Inaptidão indefinida.

Nota: produtos biológicos não vivos ou materiais de animais não humanos, como válvulas cardíacas porcinas, são aceitáveis após 1 ano.

Traumas vasculares periféricos

Apto após 30 dias.

Vagotomia super seletiva

Apto após 6 meses.

Câncer

Em qualquer parte do corpo, impede a doação de sangue em definitivo; exceto se for carcinoma “in situ” do colo do útero ou carcinoma basocelular (tipo de tumor de pele). Tumores benignos não impedem a doação.

Doenças da pele

O triagista irá avaliar a localização e extensão das lesões, além da causa. Algumas doenças podem impedir a doação pelo risco de contaminação do sangue no momento da coleta; outras, por apresentarem uma reação sistêmica. A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças dermatológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças

Tempo de liberação

Abcessos

Apto 15 dias após término do tratamento.

Acne comum

Apto.

Acne rosácea

Apto 30 dias após término do tratamento.

Cisto pilonidal infectado

Apto após 15 dias do término do tratamento.

Cisto pilonidal

Inapto por 15 dias.

Eczema alérgico intenso ou grave

Apto seis meses após a cura. Eczemas alérgicos leves: apto sete dias após o término das manifestações clínicas ou do tratamento.

Erisipela

Apto após 14 dias do término do tratamento.

Eritema nodoso infeccioso

Apto após três meses da cura.

Eritema nodoso não infeccioso

Se não houver contraindicação definitiva pela doença de base (p.ex.: Crohn, sarcoidose), apto após 6 meses.

Eritema polimorfo (associado à reação medicamentosa)

Apto 6 meses após a cura..

Eritrodermias

Apto 6 meses após a cura.

Esporotricose

Ver doenças infecciosas e parasitárias

Gangrena

Inapto, pelo menos, 6 meses após término do tratamento, de acordo com a doença de base.

Herpes simples labial

Ver doenças infecciosas e parasitárias

Herpes zoster

Ver doenças infecciosas e parasitárias

Larva migrans

Ver doenças infecciosas e parasitárias

Lesões de pele no local da punção venosa

Inapto até cura.

Líquen plano

Apto 6 meses após a cura.

Lúpus discoide

Apto. Avaliar se realiza controle clínico periódico. Caso não realize, solicitar atualização do controle clínico.

Micoses

Apto desde que não haja acometimento no local de punção.

Pênfigo

Inaptidão definitiva.

Psoríase

Pequeno comprometimento estritamente cutâneo, local de venopunção sem lesões, sem uso de medicamentos: Apto.
Manifestação sistêmica, como hemangioma, extensa ou em uso de medicamentos: inaptidão definitiva.


Ptiríase rósea

Apto.

Ptiríase versicolor

Apto, desde que não haja acometimento no local de punção.

Radiodermatite

Inaptidão de acordo com a doença de base.

Úlcera arterial

Inaptidão definitiva.

Verruga comum

Apto.

Vitiligo

Apto.

Doenças das glândulas (endócrinas) e metabólicas

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças

Tempo de liberação

Adenoma de hipófise

Apto se controlado clinicamente, sem complicações ou fatores associados e sem história de uso de hormônio de crescimento.

Bócio eutireoidiano

Apto.

Diabetes insipidus

Inaptidão definitiva.

Diabetes mellitus tipo I ou II insulinodependente

Inaptidão definitiva.

Diabetes mellitus tipo II não insulinodependente

Apto, se controlado sem lesões de órgãos alvo (rim ou coração). Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente.

Dislipidemia (elevação do colesterol ou triglicérides)

Apto após controle por dieta e/ou medicamentoso, atingindo níveis aceitáveis para as diversas frações. Hiperlipidemia familiar caracteriza inaptidão definitiva. Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente.

Feocromocitoma

Inaptidão definitiva.

Hiperaldosteronismo

Inaptidão definitiva.

Hiperfunção de hipófise

Ver adenoma de hipófise e hiperprolactinemia. Demais hiperfunções: inaptidão definitiva.

Hiperlipoproteinemias

Se familiar, essencial, inaptidão definitiva.

Hiperprolactinemia

Apto após avaliação médica, se a causa for benigna. Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente.

Hipertireoidismo

Inaptidão definitiva.

Hipoglicemia

Apto, se assintomático.

Hipopituitarismo

Inaptidão definitiva.

Hipotireoidismo

Apto após controle. Para Tireoidite de Hashimoto, solicitar relatório médico, informando que autoimunidade ativa contraindica doação. A detecção de autoanticorpos no sangue doado no caso de candidatos com histórico de doença autoimune deverá ser motivo de inaptidão definitiva, não considerando os 6 meses de intervalo para nova doação, conforme protocolo de doadores sem histórico de doenças, que somente são inaptos após uma segunda doação com resultado positivo.

Insuficiência suprarrenal

Inaptidão definitiva.

Intolerância à glicose

Apto.

Obesidade com tratamento não cirúrgico

Em caso uso de fórmulas, serão verificadas as substâncias ativas presentes. Se não houver contraindicação pelo uso de medicamentos, será avaliado o Índice de Massa Corporal (IMC).

IMC ≥30 e <40: apto.

IMC ≥40 (obesidade grau 3):   necessário avaliar criteriosamente comorbidades. Solicitamos a apresentação de relatório do médico assistente.

Além disso, visando à segurança do doador respeitamos o peso máximo suportado pela cadeira de coleta, recomendado pelo fabricante, a fim de evitar acidentes durante a doação de sangue. Esse limite é variável em função de diferentes modelos e fabricantes. Em torno de 130, 140 K, sugerimos contatar a unidade onde pretende doar para saber o limite das cadeiras locais.

Síndrome de Cushing

Inaptidão definitiva.

Tireoidite aguda e subaguda

Inaptidão até 1 ano após cura, sem sequela.

Tireoidite autoimune

Inaptidão definitiva.

Tireoidite de Hashimoto: solicitar relatório médico, informando que autoimunidade ativa contraindica doação. A detecção de autoanticorpos no sangue doado no caso de candidatos com histórico de doença autoimune deverá ser motivo de inaptidão definitiva, não considerando os 6 meses de intervalo para nova doação conforme protocolo de doadores sem histórico de doenças, que somente são inaptos após uma segunda doação com resultado positivo.


Doenças do aparelho digestivo (esôfago, estômago, intestinos, fígado)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças gastrointestinais poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças mais frequentes Tempo de liberação
Cirrose hepática Inaptidão definitiva.
Colite pseudomembranosa Aguardar 30 dias após término do tratamento.
Colite ulcerativa Inapto definitivo.
Diarreia aguda inespecífica Avaliação de acordo com a etiologia e condição clínica do candidato. 
Apto sete dias após a cura, sem repercussão clínica.
Diarreia aguda Diarreia de provável origem viral: apto após sete dias. Provável origem bacteriana:
Apto após 15 dias. Gastroenterite: ver item correspondente.
Diarreia crônica De acordo com etiologia.
Diarreia persistente De acordo com etiologia.
Divertículos Assintomático: apto. 
Crise aguda sem internação: 30 dias após término do tratamento. 
Com internação: 3 meses após término do tratamento.
Doença celíaca Apto após controle (assintomático).
Doença de Crohn Inaptidão definitiva.
Esofagite crônica Tratamento inicial: aguardar 30 dias. Tratamento de manutenção e assintomático: apto.
Estenose esofagiana Inapto definitivo.
Gastrite aguda Se não houve hemorragia e/ou realização de endoscopia, aguardar 15 dias. 
Caso contrário, será considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastrite crônica Liberação de acordo com etiologia. Se inespecífica:
considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia.
Gastroenterite aguda Aguardar 15 dias após cura.
Hepatite medicamentosa Apto seis meses após a cura. Será avaliada também a realização de
procedimentos endoscópicos e cirúrgicos.
Hérnia hiatal Na ausência de esofagite não há contraindicação.
Hipertensão porta Inapto definitivo.
Icterícia de etiologia desconhecida Inapto definitivo.
Infarto mesentérico Inaptidão definitiva.
Litíase biliar Apto 30 dias após última crise de cólica biliar.  
Pancreatite aguda, inclusive medicamentosa Apto seis meses após recuperação. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos.
Pancreatite crônica Inaptidão definitiva.
Pólipos intestinais Será avaliada realização de colonoscopia.
Retocolite ulcerativa Inaptidão definitiva.
Síndrome de Gilbert Assintomático, apto. Sintomático: aguardar 15 dias.
Trombose da veia porta Inaptidão definitiva.
Úlcera gástrica e duodenal Apto após 12 meses

Doenças do aparelho osteomuscular (ossos) e reumáticas

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças

Tempo de liberação

Artrite psoriática

Inaptidão definitiva.

Artrite reumatóide

Inaptidão definitiva.

Artropatias infecciosas

Apto após 1 ano da cura.

Artropatias inflamatórias

Apto no caso de artrose ou pós-traumática após controle dos sintomas.

Artrose

Apto.

Contusão muscular

Apto após alta médica.

Derrame articular

Apto após a cura. Avaliar a causa.

Doença de Behcet

Inaptidão definitiva.

Doença de Wegener

Inaptidão definitiva.

Entorse articular

Apto após alta médica.

Esclerodermia

Inaptidão definitiva.

Espondilite anquilosante

Inaptidão definitiva.

Febre reumática

Inaptidão definitiva se com sequela, sem sequela apto 2 anos após a cura.

Fibromialgia

Apto.

Fratura sem cirurgia (gesso)

Apto após 15 dias da alta médica.

Gota

Apto se assintomático.

Lesão muscular traumática

Apto após alta médica.

Lupus eritematoso sistêmico

Inaptidão definitiva.

Má formação óssea congênita

Apto.

Miopatias

Inaptidão definitiva.

Miosite

Inaptidão definitiva.

Osteomielite aguda

Apto 2 meses após a cura.

Osteomielite crônica

Inaptidão definitiva.

Osteoporose

Primária: apto. Secundária: avaliar doença de base.

Poliomiosite

Inaptidão definitiva.

Sarcoidose

Inaptidão definitiva.

Tendinites

Apto após alta médica. Secundária: avaliar doença de base.

 

 

Doenças do aparelho genital e urinário (rins, bexiga)

A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho urinário poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças

Tempo de liberação

Aborto

Aguardar 12 semanas.

Amamentação

Inapta até suspensão ou 12 meses após parto.


Atraso menstrual

Inapta até menstruação em idade fértil ou que se afaste outro problema que impeça a doação.

Candidíase

Inapto até 7 dias após término do tratamento.

Cistite

Apto 15 dias após cura sem sintomas.

Cistos renais isolados

Apto na ausência de suspeita de malignidade.

Clamídia

Apto após 15 dias do tratamento

Climatério, independentemente  de reposição hormonal hormonal/menopausa

Apta.

Cólica nefrética

Apto após 30 dias do término do tratamento.

Colpites

Apto após 7 dias do tratamento

Doenças renais crônicas

Inaptidão definitiva.

Doenças sexualmente transmissíveis (DST), exceto as especificadas.

Apto após 1 ano do tratamento.

Endometriose

Apto

Glomerulonefrite aguda

Apto após 30 dias do término do tratamento, sem sequelas.

Gonococcia

Apto após 1 ano do tratamento.

Gravidez

Inaptidão temporária. Prazo de acordo com desfecho.

Herpes simples genital

Apto após cura das lesões.

HPV (papilomavírus)

Apto após cura das lesões.

Insuficiência renal crônica

Inaptidão definitiva.

Litíase renal (cálculo renal)

Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.

Má formação renal

Apto, se não houver alteração funcional.

Menstruação

Apta


Nódulo mamário não especificado

Avaliação caso a caso, para definição do tempo de inaptidão.

A doação não deve ser realizada se o nódulo não foi completamente investigado, se a possibilidade de malignidade não foi afastada ou se de origem maligna.

Pielonefrite (infecção renal)

Apto 30 dias pós a cura, sem sequelas.

Rins policísticos

Inaptidão definitiva.

Síndrome nefrítica aguda

Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão.

Síndrome nefrítica crônica

Inaptidão definitiva

Síndrome nefrótica

Inaptidão definitiva

Vaginites

Apto após 7 dias do tratamento

Uretrites

Apto 30 dias após a cura, exceto se de origem gonocócica.

Salpingites

Apto após 3 meses, exceto se de origem gonocócica.

Doenças do coração e vasos sanguíneos (cardiovasculares)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças

Tempo de liberação

Acidente vascular cerebral
(AVC/derrame)
Ver doenças neurológicas

Aneurismas grandes artérias

Inaptidão definitiva.

Aneurismas pequenas artérias

Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes.

Angina

Inaptidão definitiva.

Angioma isolado intracraneano

Inaptidão definitiva.

Angioma isolado cutâneo

Apto desde que não atinja área de punção.

Angiomas múltiplos

Inaptidão definitiva.

Arritmias cardíacas, exceto arritmia sinusal, bradicardia sinusal e do atleta, extrassistolia, taquicardia sinusal e TPSV  (taquicardia paroxística supraventricular)

Inaptidão definitiva.

Arritmia sinusal (alteração da frequência cardíaca relacionada à respiração)

Apto.

Bloqueio de ramo direito

Apto, se não houver outras alterações cardiológicas e eletrocardiográficas.

Bradicardia do atleta

Frequência acima de 40, com evidência de treinamento aeróbico intenso, será avaliada a liberação por um médico. Não havendo esta evidência, será solicitada avaliação cardiológica.

Cardiopatias graves

Inaptidão definitiva.

Coronariopatia

Inaptidão definitiva.

Doença de Kawasaki

Se houve acometimento cardíaco: apto após 1 ano se não houve seqüelas. Se houve desenvolvimento de aneurismas e foi ressecado: apto após 1 ano da ressecção. No caso de aneurisma coronariano, independente da ressecção: inaptidão definitiva.

Endocardite bacteriana sem sequelas

Apto após 2 anos, sem sequelas.

Extrassistolia

Apto, se menos de 5 por minuto. Acima de 5 por minuto, será solicitada avaliação cardiológica.

Flebite de repetição

Inaptidão definitiva.

Hipertensão arterial

Ver critérios gerais.

Hipertensão arterial com lesão de órgão alvo (doença renal, cardíaca secundárias à hipertensão)

Inaptidão definitiva.

Infarto agudo do miocárdio

Inaptidão definitiva.

Insuficiência arterial

Inaptidão definitiva.

Insuficiência cardíaca

Inaptidão definitiva.

Linfedema congênito

Apto se:

- puder ser controlado com medidas terapêuticas;

- houver apenas aumento da consistência da pele, sem modificações estruturais da pele e do tecido celular e

- na ausência de dermatose crônica.

Considerando que na vigência de alterações estruturais da pele e de perda funcional importante, haverá porta de entrada facilitada para infecções cutâneas.

Má formação cardíaca

Inaptidão definitiva.

Miocardite

Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.

Pericardite

Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva.

Ponte intramiocárdica

Inaptidão definitiva.

Prolapso válvula mitral

Apto se ausência de insuficiência valvar e arritmias; caso contrário, inapto definitivo.

Sopro

Solicitar avaliação cardiológica para definição diagnóstica. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação. Candidatos com regurgitação/refluxo leve com válvulas com função e anatomia não alteradas: aptos.

Taquicardia sinusal

Reavaliar em 15 minutos, se não houver outros sinais cardiológicos.

Taquicardia supraventricular paroxística

Solicitar avaliação cardiológica para liberação. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação.

Traumas vasculares periféricos

Ver cirurgias e procedimentos médicos

Tromboflebite isolada

Apto 6 meses após término do tratamento.

Trombose arterial

Inaptidão definitiva.

Trombose venosa profunda isolada

Apto 6 meses após término do tratamento.

Trombose venosa profunda recorrente

Inaptidão definitiva.

Valvulopatia congênita ou adquirida

Inaptidão definitiva.

Wolf-Parkinson-White

Inaptidão definitiva, exceto se já realizada ablação com relatório médico.

Doenças do pulmão, brônquios e traqueia (aparelho respiratório)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho respiratório poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças Tempo de liberação
Abcesso pulmonar

Apto após 1 ano da cura.

Asma grave

Inaptidão definitiva.

Asma leve (menos de 1 crise/trimestre
controlada com inalatórios)


Apto uma semana após a crise e sem uso de medicamentos.

Bronquite aguda

Apto 15 dias após cura.

Corpulmonale

Inaptidão definitiva.

Doença pulmonar obstrutiva crônica

Inaptidão definitiva.

Fibrose pulmonar idiopática

Inaptidão definitiva.

Gripe A (H1N1) ou gripe suína

Ver item sobre infecções.

Hipertensão pulmonar

Inaptidão definitiva.

Micose pulmonar

Inaptidão definitiva.

Otite aguda ou crônica

Apto 15 dias após cura.

Pleurite (exceto se tuberculose)

Apto seis meses apos tratamento.

Pneumoconioses

Inaptidão definitiva.

Pneumonia intersticial

Inaptidão definitiva.

Pneumonia por hipersensibilidade (alérgica)

Inaptidão definitiva.

Pneumonia tratamento ambulatorial

Apto três meses após cura.

Pneumonia tratamento hospitalar

Sem drenagem: apto após três meses. Com drenagem: apto após 6 meses.

Pneumonite por drogas (amiodarona, 
nitrofurantoína etc)


Inaptidão definitiva.

Pneumotórax espontâneo

Apto após três meses.

Sinusite aguda ou crônica

Apto 15 dias após cura.

Status asmaticus

Inaptidão definitiva.

Trauma torácico (contusão pulmonar, hemotórax)

Apto após seis meses.

Tromboembolismo pulmonar

Inaptidão definitiva.

Tuberculose miliar

Inaptidão definitiva.

Tuberculose pulmonar

Apto após cinco anos do término do tratamento sem sequelas.

Doenças do sangue (hematológicas)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças

Tempo de liberação

Agranulocitose medicamentosa

Apto após 6 meses.

Anemia ferropriva e por outras deficiências nutricionais

Apto após 6 meses.

Anemias hereditárias

Inaptidão definitiva.

Aplasia de medula

Inaptidão definitiva.

Coagulação intravascular disseminada

Inaptidão definitiva.

Coagulopatias adquiridas e hereditárias

Inaptidão definitiva.

Esplenomegalia idiopática

Inaptidão definitiva.

Hemocromatose

Inaptidão definitiva.

Hemoglobinas variantes

Na presença de hba + variante, apto. Ver traço falciforme. Na presença de duas variantes, mesmo sem história prévia de anemia, inapto definitivo.

Hiperferritinemia

Se hemocromatose e / ou com comprovadamente acúmulo de ferro em órgãos alvo: inaptidão definitiva. Se ausência das condições anteriores, mesmo com história de sangrias (aparentemente empíricas): apto para a doação.

Histiocitose

Inaptidão definitiva.

Leucemias

Inaptidão definitiva.

Leucopenia

Necessária avaliação médica e apresentação de relatório para avaliação.  

Linfomas

Inaptidão definitiva.

Mieloma

Inaptidão definitiva.

Neutropenia crônica

Inaptidão definitiva.

Policitemia

Inaptidão definitiva.

Poliglobulia primária

Inaptidão definitiva.

Poliglobulia secundária

Encaminhar para avaliação, porém só doará dentro do limite exigido.

Porfirias

Inaptidão definitiva.

Púrpura trombocitopênica idiopática

Na criança: sem sequelas, apto. No adulto: inaptidão definitiva.

Traço falciforme

Apto para doação de sangue total. Aférese: inaptidão definitiva.

Doenças do sistema nervoso

Doenças neurológicas e psiquiátricas

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças neurológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue. 

Doenças

Tempo de liberação

Acidente vascular cerebral AVC/derrame)

Inaptidão definitiva.

Aneurismas intracranianos

Inaptidão definitiva.

Convulsão febril, metabólica ou pós-trauma

Apto após 2 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.

Convulsão por epilepsia

Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.

Deficiência mental/ déficit cognitivo acentuado (secundário a neuroatipias, doenças neurológicas, psiquiátricas ou genéticas – ex: síndrome de down) Inaptidão definitiva. Obs.: será avaliado se o déficit cognitivo incapacita o candidato à doação em relação à vida autônoma e imputabilidade jurídica (responsabilidade legal sobre seus atos) e sua capacidade de responder às questões. Candidatos à doação que possuam responsáveis legais em função de serem portadores de doenças neurológicas, psiquiátricas e/ou genéticas deverão ser automaticamente considerados inaptos em virtude da existência de inimputabilidade jurídica.

Depressão

Apto se estiver controlada. Verificar uso de medicamentos de outras classes, além dos antidepressivos.

Derivação ventriculoperitoneal

Sem sequela e sem história de infecção recorrente, apto. Se sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, realizar avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Doença de Alzheimer

Inaptidão definitiva

Doença de Guillain-Barret

Inaptidão definitiva.

Doença de Parkinson

Inaptidão definitiva.

Doenças que gerem inimputabilidade jurídica (pessoas que necessitam de um tutor para responder legalmente por eles)

Inaptidão definitiva.

Enxaqueca

Apto se assintomático e sem uso de medicamentos.

Epilepsia

Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas.

Esclerose em placa

Inaptidão definitiva.

Esclerose lateral amiotrófica

Inaptidão definitiva.

Esclerose múltipla

Inaptidão definitiva.

Esquizofrenia

Inaptidão definitiva.

Hematoma sub e extra-dural

Apto após 1 ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas.

Labirintite

Apto 30 dias após crise e sem uso de medicamentos.

Leucoencefalites progressivas

Inaptidão definitiva.

Lipotímias

Se sucessivas ou hipotensão prolongada: inapto até esclarecimento.

Meningite

Ver doenças infecciosas.

Miastenia gravis

Inaptidão definitiva.

Neurofibromatose

Forma maior: inaptidão definitiva. Forma menor: apto, avaliar local de punção.

Nistagmo/outros movimentos irregulares do olho

Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão

Paralisia cerebral

Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Paralisia de Bell

Apto.

Psicoses

Inaptidão definitiva.

Traumatismo craniano

Apto após 1 ano sem sequela. Se sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, realizar avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Doenças dos olhos 

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças mais frequentes Tempo de liberação
Conjuntivite Apto uma semana após a cura.
Blefarite Apto uma semana após a cura.
Episclerite Será avaliada doença de base.
Esclerite Será avaliada doença de base.
Glaucoma Apto, se controlado sem medicação. Em uso de medicação: apto após 48hs da suspensão do medicamento.
Hordéolo (terçol) Apto, uma semana após a cura
Iridociclite Será avaliada doença de base.
Irite Será avaliada doença de base.
Neurite óptica Apto, se não estiver em tratamento. Avaliar doenças de base.
Retinopatias Será avaliada doença de base.
Retinose pigmentar Apto.
Tracoma Apto após 12 meses do tratamento tendo cura sem cicatrizes.

Doenças ocupacionais (relacionadas ao trabalho)

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças

Tempo de liberação

Afecções periarticulares

Apto.

Asbestose

Inapto definitivo.

Eczemas alérgicos

Apto 6 meses após a cura.

Hepatite por halotano

Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos

Intoxicação por benzeno

Em caso de alterações hematológicas secundárias: inapto definitivo. Outras manifestações: apto 6 meses após a cura.

Intoxicação por berilo

6 meses após a cura

Intoxicação por chumbo (saturnismo)

Inapto definitivo.

Intoxicação por cromo

Inapto definitivo.

Intoxicação por derivados do petróleo

Inapto definitivo.

Intoxicação por fósforo

Em caso de dermatite: após desaparecimento dos sintomas. Em caso de osteomalácia: 6 meses após a cura.

Intoxicação por mercúrio

Inapto definitivo.

Intoxicação por níquel

Inapto definitivo.

Intoxicação por outros metais pesados

Inapto definitivo.

Intoxicação por selênio

Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos

Intoxicação por solventes orgânicos líquidos

Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos

Pneumoconiose

Inapto definitivo.

Siderose

Inapto definitivo.

Silicose

Inapto definitivo.

Infecções

Doenças infecciosas e parasitárias

Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.

Doenças Tempo de liberação
Actinomicose Apto 60 dias após a cura. 
Amebíase intestinal Apto após término do tratamento, assintomático.
Amebíase visceral Apto seis meses após tratamento, com sorologia negativa. 
Ancilostomíase Apto.
Ascaridíase Apto.
Babesiose Inaptidão definitiva.
Balantidíase Apto após o término do tratamento e na ausência de sintomas.
Bartonelose Apto 15 dias após alta.
Blastomicose Pulmonar: apto após cinco (5) anos. Sistêmica: inaptidão definitiva.
Borreliose Apto seis meses após a cura.
Botulismo Apto três meses após a cura.
Brucelose Apto um (1) ano após tratamento ou oito (8) semanas após potencial exposição.
Candidíase esofageana, oral Apto 30 dias após alta e definida a causa.
Candidíase genital Ver doenças genitourinárias.
Carbúnculo Apto 15 dias após alta.
Caxumba Apto 21 dias após a cura.
Chikungunya  Apto após 30 dias da recuperação completa (após tornar-se assintomático).
Cisticercose Neurocisticercose: apto após tratamento se nunca teve convulsões. 
Demais formas: apto após tratamento. 
Cisto hidático Inaptidão definitiva.
Citomegalovirose Apto três meses após a cura.
Clamídia Apto 15 dias após a cura.

COVID-19 (infecção pelo Sars-Cov-2 – coronavírus

  • Aguardar 10 dias após a melhora completa dos sintomas para doar. Casos graves poderão ter um prazo maior em virtude das complicações associadas à doença.

    Pessoas que testaram positivo, sem ter apresentado sintomas, devem aguardar 10 dias após a coleta do exame.

    Contato próximo com pacientes com COVID-19 durante o período de transmissão (primeiros 10 dias da doença), aguardar 7 dias após o último contato para doar (inclui contato sem utilização de máscaras pelo paciente e contactante, contato físico direto, residir em mesma casa/ambiente).

    Profissionais de saúde que fizeram uso contínuo e correto de EPIs, durante atendimento a pacientes com Covid-19, podem doar.

Cólera Apto três meses após a cura.
Coqueluche Apto 30 dias após a cura.
Dengue clássico Apto 30 dias após a cura.
Dengue hemorrágico Apto seis meses após a cura.
Difteria Apto 15 dias após a cura.
Doença de Chagas Inaptidão definitiva.
Doença de Creutzfeldt-Jakob Inaptidão definitiva.
Doença de Lyme Apto seis meses após a cura.
Doença do Oeste do Nilo Apto seis meses após a cura.
Echinococose alveolar Inaptidão definitiva.
Encefalites virais agudas

Apto seis meses após a cura, se não ficou com sequelas.

Com sequelas: avaliar se houve definição de agente etiológico, avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Enterovirose Apto após três meses da cura.
Escarlatina Apto 15 dias após a cura.
Esquistossomose hepática Inaptidão definitiva.
Esquistossomose hepatoesplênica Inaptidão definitiva.
Esquistossomose intestinal Apto após tratamento.
Esquistossomose outras formas Apto após tratamento, se não ficou com sequelas.
Estafilococcia Apto 15 dias após a cura.
Estreptococcia Apto 15 dias após a cura.
Febre Amarela Apto após seis meses da cura.
Febre tifoide e paratifoide Apto após três meses da cura.
Febres hemorrágicas Apto após seis meses da cura.
Filariose Inaptidão definitiva.
Gripe A ou Influenza A (H1N1)
ou gripe suína
Casos suspeitos ou confirmados: apto 15 dias após o desaparecimento dos sintomas.
Avaliar a ocorrência de complicações e considerar o tempo de inaptidão correspondente.
Os contatos de casos confirmados ou suspeitos devem aguardar 15 dias para nova candidatura à doação.
Hanseníase Inaptidão definitiva.
Hbv Infecção Inaptidão definitiva.
Hcv Infecção Inaptidão definitiva.
Hepatite A Apto, se antes dos 11 anos; ou após 11 anos se possuir comprovação laboratorial da época.
Hepatites B, C e D em qualquer idade Inaptidão definitiva.
Hepatite após os 11 anos, independente da
sorologia ou hepatite viral após 11 anos de idade
Inaptidão definitiva, exceto se hepatite A com comprovação laboratorial à época (IgM).
Herpes simples labial Apto após cura das lesões.
Herpes zoster Aguardar seis meses. Será avaliada possibilidade de munocomprometimento.
Larva migrans Apto sete dias após tratamento.
Histoplasmose Apto um ano após a cura.
HIV infecção Inaptidão definitiva.
HTLV infecção Inaptidão definitiva.
Infecções de vias aéreas superiores
bacterianas
Apto 15 dias após cura.
Infecções de vias aéreas
superiores virais
Apto sete dias após o término do tratamento.
Legionelose Apto três meses após a cura.
Leishmaniose cutânea Apto após seis meses do término do tratamento.
Leishmaniose visceral Inaptidão definitiva.
Leptospirose Apto após três meses da cura.
Malária Febre Quarta (infecção 
por Plasmodium malariae)
Inaptidão definitiva.
Malária febre terçã Apto após 3 anos da cura.
Meningite sem sequelas Apto seis meses após a cura.
Meninigite com sequelas

Liberado após alta do acompanhamento neurológico, se sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia. Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso.

Micobactérias atípicas Inaptidão definitiva.
Micoplasma Apto um ano após a cura.
Micoses viscerais Inaptidão definitiva.
Mononucleose Apto após seis meses da cura.
Nocardiose Apto após 60 dias da cura.
Oxiuríase Apto.
Parvovirose Apto seis meses após a cura.
Peste bubônica (Yersinia pestis) Apto seis meses após a cura.
Poliomielite Apto após a cura.
Rickettsioses Apto 15 dias após alta (com normalização dos exames).
Rubéola Apto 14 dias após a cura.
Salmonelose Apto 60 dias após a cura.
Sarampo Apto 21 dias após a cura.
Sars Candidatos provenientes de área endêmica:
- assintomático: aguardar três semanas;
- sintomático, provável caso: aguardar três meses após término do tratamento;
- sintomático, caso suspeito: aguardar um mês após término do tratamento;
- sintomático, excluída possibilidade de SARS: seguir normas de triagem de rotina.

Sepse Apto seis meses após a cura.
Sífilis

Apto um (1) ano após o término do tratamento. IMPORTANTE: na Fundação Hemominas é realizado um exame sorológico para detecção da sífilis que identifica a doença, mesmo curada. O resultado reagente impede a utilização do sangue. Exame reagente em duas (2) amostras na Fundação Hemominas, torna o candidato inapto definitivo.

Tétano Apto após seis meses.
Toxoplasmose Apto um ano após a cura.
Tricocefalíase Apto.
Triquinose Apto.
Tuberculose Extrapulmonar Inaptidão definitiva.
Varicela Apto 21 dias após a cura.
Yersinia Enterocolítica Apto seis meses após a cura.
Zika Apto 120 dias após a cura.
 

Exames (procedimentos) endoscópicos

A realização de exames endoscópicos (através da utilização de tubos flexíveis para avaliação de cavidades do corpo humano) e de laparoscopias impede a doação por seis (6) meses.

Menstruação, gravidez, parto, aborto e amamentação

A menstruação por si não impede a doação. Se a pessoa costuma apresentar cólicas intensas, necessitando uso de medicamentos, aconselha-se doar sangue em um dia em que não se esteja com dor. Não se deve doar se a menstruação estiver atrasada ou houver dúvida quanto a uma possível gravidez. A gravidez impede a doação, pois é um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue.  

Após um aborto ou parto normal, é necessário aguardar três meses para doar sangue. A cesariana impede a doação por seis meses.

A amamentação impede a doação até que a criança complete um ano.

Situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue

Algumas doenças que são transmissíveis pelo sangue são adquiridas em situações comuns, como acidentes por contato com sangue e secreções humanas, utilização de drogas e relacionamentos sexuais. Estas situações são avaliadas de maneira individual e sigilosa pelo profissional responsável pela triagem clínica. 

As doenças infecciosas apresentam um período variável para positivação do exame, a partir da sua aquisição. Este período é conhecido como janela. Nesse período, os exames não conseguem detectar a doença, mas se o sangue dessa pessoa for utilizado para transfusão, o receptor deste sangue poderá ser contaminado. É por esta razão que é preciso fazer perguntas íntimas acerca do comportamento sexual dos candidatos à doação de sangue. A triagem clínica permite identificar as pessoas que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue, a partir da avaliação cuidadosa desse comportamento. Assim, o candidato deverá efetuar a doação somente após ter se passado tempo suficiente para que, caso tenha adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la. 

Se não for possível doar sangue no dia do comparecimento, a Hemominas conta com a compreensão de todos para retornarem para nova avaliação.

Situação de risco acrescido

 Tempo de liberação

Auto-hemoterapia

Inaptidão por 12 meses após última aplicação.

Compartilhamento de agulha

Inaptidão definitiva.

Contato sexual ou se morou com um indivíduo portador de hepatite viral: hepatite b aguda ou crônica (HBSAG positivo ou HBV NAT), Hepatite C

Inaptidão por 12 meses.

Doença sexualmente transmissível recorrente

Inaptidão definitiva.

Drogas ilegais injetáveis

Inaptidão definitiva (inclusive na presença de evidência ou sinais corporais óbvios de uso de droga por via parenteral).

Drogas ilegais não injetáveis

Maconha: apto após 12 horas.

Crack: apto após 12 meses.

Cocaína inalável: apto após 12 meses.

Uso de outras drogas será avaliado individualmente.  

Evidência clínica/laboratorial de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue

Inaptidão definitiva.

História familiar de doença de Creutzfeldt-Jakob

Inaptidão definitiva.

História pregressa de transfusão de sangue e derivados no reino unido

Inaptidão definitiva para pessoas que tenham recebido transfusão no reino unido a partir de 1980 até os dias atuais.  

Número de parceiros nos últimos 6 meses

Apto se no máximo 1 parceiro sexual fixo nos últimos 6 meses, cujo início do relacionamento sexual tenha ocorrido há, pelo menos, 6 meses. Relacionamento sexual com mais de 1 parceiro na relação sexual ou com parceiro nesta situação, inapto por 12 meses.

Pessoas que estiveram em confinamento obrigatório por mais de 72h ou seus respectivos parceiros sexuais 

Apto após 12 meses.

Pessoas que foram vítimas de violência sexual ou seus respectivos parceiros sexuais

Apto após 12 meses.

Pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com história de transfusão de sangue ou derivados.

Apto após 12 meses.

Pessoas que tenham tido relação sexual com parceiros eventuais ou desconhecidos e os parceiros destes.                

Apto após 12 meses.

Pessoas que tenham tido relação sexual c/ parceiros portadores de HBV, HCV, outras infecções transmissíveis pelo sangue e/ou exames reagentes para anti-HIV.

Apto após 12 meses.

Pessoas que tiveram acidente com material biológico: contato de mucosa ou pele com o referido material biológico (exposição não estéril a sangue ou outro material de risco biológico).

Apto após 12 meses.

Pessoas que tiveram relação sexual em troca de dinheiro ou drogas e parceiros destes.

Apto após 12 meses.

Pessoas que tiveram relação sexual com parceiros com diagnóstico clínico ou laboratorial de Zika, dengue e Chikungunya

Apto 30 dias após a última relação.

Transfusão de sangue ou hemoderivados ou seus respectivos parceiros sexuais

Apto após 12 meses.

Único doador de unidade de sangue de paciente que tenha apresentado soroconversão para HBV, HCV, HIV ou HTLV na ausência de outra causa provável para a infecção.

Inaptidão definitiva.

Tatuagem ou maquiagem definitiva

TATUAGEM OU MAQUIAGEM DEFINITIVA (incluindo micropigmentação)

Em condições de segurança: apto após 6 meses. Caso não seja possível determinar se as condições de segurança foram adequadas, apto após 12 meses.

OBS.: Serão liberados os procedimentos que tenham sido feitos em locais inspecionados e com alvará sanitário.

Tratamento dentário

Tratamento Dentário

Tempo de liberação

Abcesso dentário

Apto 30 dias após a cura.

Ajuste de aparelho ortodôntico

Sem sangramento: 24horas, com sangramento: 72 horas.

Extração dentária

Sete dias após término do tratamento.

Gengivite

Sete dias após término do tratamento.

Implante dentário

Apto após 30 dias e assintomático.

Limpeza dentária

Aguardar 72 horas.

Obturação

Sem anestesia e sem sangramento: 24h, com anestesia ou sangramento: 72 horas.

Tratamento de canal

Apto sete dias após última manipulação, não sendo necessário aguardar final do tratamento.

Tratamento dentário com anestesia geral

Apto 30 dias após término do tratamento.

Uso de bebidas alcoólicas

A ingestão de álcool na dose máxima de 40g impede a doação por um prazo de 12 horas. Consumo em dose superior impedirá a doação por 24 horas.

O alcoolismo crônico impede a doação de sangue. Esta restrição ocorre porque o uso frequente de bebidas alcoólicas pode afetar o fígado. O fígado doente pode não conseguir produzir adequadamente os fatores de coagulação. Na doação de sangue, a bolsa é fracionada em, pelo menos, três componentes, dentre os quais o plasma fresco congelado (PFC). O PFC é utilizado para repor fatores de coagulação em pessoas que estejam apresentando sangramento anormal. Assim, se o plasma de uma pessoa com doença hepática (doença do fígado) for utilizado, a transfusão pode não funcionar. Além disso, se o doador não estiver produzindo quantidades adequadas de fatores de coagulação, ele também poderá apresentar um sangramento anormal no local da doação, favorecendo a ocorrência de hematomas.

Uso de drogas ilegais

História atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas (ilegais) é contraindicação definitiva para a doação de sangue, pois é relacionado à aquisição de doenças infecciosas e transmissíveis pelo sangue. 

O uso de cocaína por via nasal (inalação, cheirar) é causa de exclusão da doação por um período de 12 meses, contados a partir da data da última utilização; em virtude da possibilidade de transmissão de agentes infecciosos também por esta via. 

O uso de outras drogas será avaliado pelo triagista durante a consulta.

Uso de medicamentos

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.
ATENÇÃO: O USO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA IMPEDE A DOAÇÃO POR 3 MESES, EXCETO SE O TEMPO DA INAPTIDÃO DO MEDICAMENTO FOR MAIOR.

 

Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios

O uso de analgésicos (medicamentos para tirar a dor) comuns não impede a doação; entretanto, o triagista avaliará o sintoma e/ou sinal que motivaram a sua utilização, o que poderá, por si, impedir a doação. Assim, sugere-se que se faça a doação em dias em que não se utilizar medicamentos. Todavia, aqueles que possuem atividade anti-inflamatória apresentam tempo maior de inaptidão. Verifique em anti-inflamatórios.
O uso de antitérmicos (medicamentos para controlar a febre) impede a doação em virtude da febre que motivou a sua utilização. As doenças febris apresentam, cada uma, um período específico para liberação da doação. Consulte as informações a respeito das doenças infecciosas e reumáticas para esclarecimentos. Febre de origem não determinada e de curta duração exige o prazo de 10  para que se possa doar sangue. 

 

Anti-inflamatórios

Ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka Seltzer, Engov) e piroxicam (Feldene): inaptidão por 48 horas.

Demais AINE e os anteriores após 48 horas da utilização: não contraindicam a doação, porém não deve ser preparado concentrado de plaquetas a partir daquela doação, se o medicamento foi usado nos últimos 5 dias. Contraindicam a preparação de plaquetas por cinco dias e seu uso deve ser informado. A doação exclusivamente de plaquetas está contraindicada nesse período. 

Medicamentos anti-inflamatórios: Diclofenacos (Voltaren, Cataflan, Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares.

Anorexígenos (classe das anfetaminas)
Aguardar sete (7) dias após a suspensão do medicamento.

Antiparasitários
Medicamentos para tratamentos de parasitas intestinais (vermes) comuns não impedem a doação. Algumas doenças que podem acometer outros órgãos além do intestino, como, por exemplo, a esquistossomose, apresentam um prazo de inaptidão variável. Verifique as condições nas informações a respeito das doenças infecciosas.

Anti-hipertensivos
Portadores de hipertensão arterial somente podem doar sangue na Hemominas se estiverem um uso de medicamento que não contraindique por si a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), estando com os níveis pressóricos controlados e sem lesões em órgãos alvo (p.ex. coração, rins, olhos afetados pela hipertensão). Para avaliar estas condições sugerimos, que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e a doação somente poderá ser realizada se a máxima estiver abaixo de 140 mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg.

As classes de anti-hipertensivos que não impedem a doação são as seguintes:


Medicamento

Situação

Diuréticos   Não há contraindicação. É necessária hidratação oral prévia mais vigorosa. 
Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA): Captopril Enalapril ou similares  Não há contraindicação. O uso de IECA impede a doação por aférese.
Antagonistas de angiotensina II: Losartan
Bloqueadores de canais de cálcio: Nifedipina, anlodipina

O uso das seguintes drogas impede a doação de sangue na Fundação Hemominas, exceto se utilizadas em outras situações que não o controle de hipertensão arterial, após a suspensão pelo médico assistente.

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.

Medicamento

Situação

Ação central: Metildopa, Clonidina, Reserpina 

48 horas após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso.  

Betabloqueadores: Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares

 

Bloqueadores alfa-adrenérgicos: Prazosina (Prazozin, Minipress SR),

Vasodilatadores: Minoxidil (Loniten). Hidralazina

 5 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso. 


Anticoncepcionais/ hormônios de reposição feminina
Não impedem a doação, inclusive a pílula do dia seguinte.

Indução da ovulação
Impede a doação por três meses após o término do tratamento, certificando-se ausência de gravidez.

.

Antibióticos
O tempo de inaptidão varia de acordo com a vida média da droga, sendo no mínimo de 14 dias. Além disso, o tempo de inaptidão pela doença de base poderá ser superior ao previsto para o medicamento. Verificar as informações a respeito das doenças infecciosas (ver também doenças por sistema) para esclarecimento. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação.

Anticolesterolemicos                                                      
Não contraindicam a doação, mas a doença de base pode. Ver dislipidemia em doenças endocrinometabólicas.

Anti-histamínicos (medicamentos para tratamento de alergias)  
Não contraindicam a doação. Avaliar a doença de base.

Colírios

  • Colírios midriáticos utilizados para realização do exame de fundo de olho não impedem a doação.
  • Colírios antiglaucoma de ângulo aberto impedem a doação por 48 horas, somente sendo liberada a doação se houver suspensão do medicamento pelo médico assistente.

Corticoides

  •  Sistêmicos (comprimidos, xaropes, supositórios ou injetáveis): no mínimo 48 horas após a suspensão. Será avaliada também a doença que motivou seu uso. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação. 
  • Tópicos (cremes ou pomadas): não contraindicam a doação. Será avaliada também a doença que motivou seu uso e esta poderá, por si, impedi-la. 

Anticoagulantes e Antiplaquetários

Medicamento Situação
Anticoagulantes Apto 10 a 14 dias após a interrupção do medicamento. A doença de base pode impedir por tempo maior.
Clopidogrel Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior.
Prazugrel Apto 7 dias após suspensão.
Ticlopidine Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior.

Medicamentos teratogênicos
Impedem a doação durante o tempo de eliminação pelo organismo. Alguns destes medicamentos requerem um prazo bastante longo em virtude de apresentarem acúmulo no organismo. Veja o tempo de inaptidão na tabela a seguir:

Medicamento Situação
Acitretina (Neotigason) (usado em psoríase) Apto após três (3) anos do término do tratamento.
Danazol Apto 6 meses após término do tratamento.
Dutasterida Apto 6 meses após término do tratamento.
Etretionato (usado em psoríase) Inaptidão definitiva.
Finasterida (Proscar) (tratamento de hiperplasia prostática benigna) e alopécia androgênica  1 mês após a interrupção do medicamento
Isotretinoína (Roacutan) (tratamento de acne)   1 mês de inaptidão após a última dose.
Leflunomida Apto 2 anos após suspensão.
Micofenolato de Mofetila Apto após 6 semanas.
nidegib Apto 2 anos após suspensão.
Tacrolimus

a)  em área extensa por mais de 3 semanas: inapto por 6 meses;

b)      em forma de colírio: apto.

Testosterona e anabolizantes com prescrição médica Apto após 6 meses.
Upadacitinib Apto após 30 dias.
Vismodegib Apto 2 anos após suspensão.

Medicamentos alergênicos
Medicamentos que se caracterizam por provocar reações alérgicas ou anafiláticas impedem a doação pelo tempo de eliminação do organismo, pois alguns estudiosos acreditam que possam causar reações nos receptores.

Anticonvulsivantes
Inaptidão enquanto estiver em uso. Ver também epilepsia.

Homeopáticos
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Fitoterápicos (plantas medicinais)
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.

Hormônio do crescimento
Recombinante não impede a doação. Se de origem hipofisária, usado no passado, inaptidão definitiva.

Medicamentos de ação no sistema nervoso central

Candidatos que façam uso crônico de medicamentos com ação no sistema nervoso central devem solicitar ao seu médico relatório informando sua condição clínica atual e liberação para doação de sangue. Não se recomenda a suspensão do uso de medicamentos com o fim de doar sangue. A utilização de medicamentos que afetem o SNC sem prescrição médica impede a doação pelo tempo total de eliminação da droga. 

É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.

Medicamento Situação

Ansiolíticos e soníferos

Se a dose for elevada (três ou mais comprimidos por dia), contraindicam a doação. Em doses habituais, a condição clínica do candidato será avaliada. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente.

Antidepressivos  

Da classe dos tricíclicos impedem a doação por 30 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente. As demais classes não impedem a doação, mas a condição clínica do candidato poderá impedir. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente.

Antipsicóticos: Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil)

Apto 7 dias após a suspensão do uso do medicamento pelo médico assistente. Necessário apresentar relatório médico informando indicação para avaliar liberação. Veja doenças do sistema nervoso.

Antirretrovirais

Inaptidão definitiva se utilizado em tratamento.

Se utilizado como PrEP (profilaxia pré-exposição) ou PEP (profilaxia pós-exposição): inaptidão por 6 meses, exclusivamente no que se refere ao uso do medicamento. Extensivo aos parceiros sexuais dos candidatos. *Lista de antirretrovirais em

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv

* Atenção: CABOTEGRAVIR: Apto 2 anos após injeção.

Vacinas

Algumas vacinas são produzidas com microorganismos vivos atenuados (enfraquecidos) que não causam doença em pessoas sadias. Em algumas situações em que a pessoa se encontra debilitada, por exemplo, quando está em uso de grandes doses de corticoides, em quimioterapia ou com doenças graves como o câncer, a vacina pode levar à ocorrência da doença. Estas vacinas geram um período de inaptidão maior, com o objetivo de que a resposta imunológica do receptor já tenha eliminado o microorganismo por ocasião da doação.

As vacinas produzidas a partir de microorganismos mortos também impedem a doação, porém, por períodos menores, em virtude da possibilidade de ocorrência de reações adversas nos dias subsequentes à sua administração e de reações cruzadas nos exames sorológicos realizados no sangue doado. 

Vacina Tempo de Inaptidão
Antirrábica após exposição à risco 1 ano

Antirrábica profilática

48h

BCG

4 semanas

Brucelose

48h

Caxumba

4 semanas

Cólera

48h

Coqueluche

48h

Vacina Coronavírus

Coronavac/Sinovac/Butantan; Covaxin: 48h

Covishield/Serum/AstraZeneca/Fiocruz; BioNTech/Fosum/Pharma/Pfizer; Janssen-Cilag; Sputinik V; Moderna/ Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas: 7 dias

* Observar determinações futuras conforme Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 e Anvisa.



Dengue

30 dias

Difteria

48h

Febre amarela  

Quatro semanas

Febre Tifoide Injetável

48h

Febre Tifoide Oral

4 semanas

Gripe Influenza – vírus atenuado

4 semanas

Gripe Influenza – vírus inativado

48h

Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus atenuado 
(obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza)

4 semanas

Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus inativado 
(obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza)

48h

Haemophilus Influenzae

48h

Hepatite A

48h

Hepatite B derivada de plasma

1 ano

Hepatite B recombinante

48h

HPV

Apto após 48h

Leptospirose

48h

Meningite

48h

Peste

48h

Pneumococo

48h

Pólio (Sabin)

Quatro semanas

Polio (Salk)

48h

Rotavírus

4 semanas

Rubéola

4 semanas

Sarampo

Quatro semanas

Tétano

48h

Varicela (Catapora) Zoster

4 semanas

Varíola  

Quatro semanas e após queda espontânea da crosta. Se candidato retirou crosta, aguardar 2 meses.
Na presença de complicações, aguardar 14 dias após resolução.

Contatos que desenvolveram lesões cutâneas devem aguardar queda espontânea da crosta. Se retiraram crosta, aguardar 3 meses a partir da vacinação do indivíduo índice.  Se a data for desconhecida, mas passível de ter ocorrido no período de 3 meses, aguardar 2 meses a partir da avaliação.

Vacinas derivadas de plasma humano

Apto após 1 ano

Vacinas experimentais

Apto após 1 ano do término do protocolo

Viagens e residência em áreas endêmicas



Situação

Tempo de inaptidão

Área com registro de doença de Creutzfeldt-Jakob

Inaptidão definitiva para pessoas que tenham permanecido no Reino Unido e/ou República da Irlanda por mais de três meses, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, de 1º de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 1996 ou que tenham permanecido por 5 ou mais anos, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, na Europa após 1980 até os dias atuais.  

Chikungunya

Apto 30 dias após de áreas com transmissão sustentada (após vinda/retorno de áreas endêmicas ou com epidemias confirmadas, nacionais ou internacionais).

Coronavírus (Sars-Cov-2) causador da COVID-19

Candidatos à doação de sangue que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados de infecções pelo SARS-CoV-2 deverão ser considerados inaptos por 14 dias após o retorno destes países, desde que se mantenham assintomáticos. Para este critério, considerar as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde - https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46482-27-paises-sao-monitorados-pelo-ministerio-da-saude; OBS.: Esse critério está mantido pelo MS, até o momento, apesar do Brasil já ter sido reconhecido como local de transmissão comunitária. 

Doença de Chagas

Contato domiciliar com triatomíneo: inaptidão definitiva.

Residência em área endêmica de malária

Apto após 30 dias afastado de áreas endêmicas ou de risco para malária.

Surtos de malária

Em casos de surtos de malária, a decisão quanto aos critérios de inaptidão deve ser tomada após avaliação conjunta com a autoridade sanitária competente.

Viagem para área endêmica de malária
(Áreas endêmicas de malária: estados da Região Amazônica: AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR,TO. Os demais estados são considerados Região Extra-Amazônica, área não endêmica: AL, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE e SP)

Apto após 30 dias do retorno.

Vírus do Oeste do Nilo

Apto 30 dias após vinda/retorno de áreas endêmicas ou com epidemias confirmadas, nacionais ou internacionais (EUA, para consultar outros países acessar Organização Mundial da Saúde)




Referências

    1. Guia para inclusão de critérios na triagem clínica e epidemiológica de candidatos a doação de sangue baseados em práticas individuais acrescidas de risco para infecções transmissíveis pelo sangue Guia n° 34/2020 – versão 1;
    2. Normas AABB / ABHH: Padrões para Bancos de Sangue e Serviços de Transfusão;
    3. PSIS-T.AHH.DOA-113 - Triagem Clínica com Uso do Hemoteplus - versão 9 - Janeiro de 2023 e
    4. Portaria de Consolidação Nº 5, de 28 de Setembro de 2017 - “Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde
Gestor responsável: Diretoria Técnico-Científica