A Fundação Hemominas adota como critérios básicos para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue aqueles estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia. Além desses, a Hemominas observa outros critérios, fundamentados em literatura nacional e internacional, visando à proteção e segurança de doadores e receptores.
Nesse sentido, cabe esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto. Algumas situações, pela sua natureza mais delicada, somente podem ser discutidas com o profissional responsável pela triagem do candidato à doação. O candidato é entrevistado por um profissional de saúde, que faz algumas perguntas de caráter pessoal e íntimo. As informações prestadas são mantidas em rigoroso sigilo. A Hemominas não discrimina ninguém, mas existem doenças que podem ser transmitidas pelo sangue e que, às vezes, não podem ser totalmente evitadas com a realização dos exames laboratoriais de triagem do sangue, já que existe um período no qual as infecções nem sempre são detectadas nos exames.
Para consultar os critérios, verifique sempre todos os fatores associados: exames e procedimentos realizados, diagnóstico e tratamento realizados. Prevalecerá sempre o maior tempo de inaptidão. Vale lembrar, também, que estas normas são submetidas à revisão periódica. Verifique-as sempre que desejar doar sangue.
Mas você pode continuar ajudando a salvar vidas: incentive pessoas que você conheça a realizar uma doação de sangue. Sua atitude pode promover mudanças significativas na sociedade e na vida de quem precisa de sangue.
Em 2024,a Rede Hemominas recebeu um total de 349.825 candidatos à doação de sangue, sendo 3,4% maior do que em 2023 (338.267 candidatos).
ATENÇÃO
A Hemominas atua de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nº 13709/2018. Informamos que não solicitamos dados pessoais, como RG e CPF, por telefone.
“A Fundação Hemominas se preocupa com a segurança de todos no processo de doação. Assim, nos casos em que algum menor de 16 anos for comparecer com o candidato no dia da doação, é necessário trazer um outro adulto para acompanhar o menor, uma vez que a entrada e permanência de menores de 16 anos desacompanhados nas dependências das unidades não são permitidas. Dessa forma, o menor somente poderá permanecer caso haja um acompanhante maior de idade, além do o candidato à doação. A Hemominas conta com a compreensão de todos, pois, com esta medida, visa resguardar o compromisso com a segurança do paciente e do doador, atenta à preservação de ambiente compatível com as melhores práticas de saúde, como recomendam as estratégias e ações de gestão de risco constantes na RDC 36/2013 (artigo 8, alíneas XI e XVII) e RDC 34/2014, do Ministério da Saúde / Anvisa.”
Alimentação
Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte.
Documentos
Para doar sangue é necessário apresentar um documento original e oficial de identidade que contenha foto, filiação e assinatura: Carteira de Identidade, carteiras de Conselhos de Classe reconhecidos oficialmente, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, Carteira Nacional de Habilitação, CPF obrigatório. Podem ser apresentados documentos digitais que possam ser verificados, desde que tenham assinatura para conferência.
Estado geral
O candidato à doação deve comparecer em condições plenas de saúde. Assim, se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve, deverá aguardar a melhora para então procurar uma unidade de coleta. Lembrando que a doação é um gesto que permite salvar vidas, mas que não deve e não pode prejudicar a saúde do doador.
Frequência cardíaca / pulso
Serão avaliados pelo médico. Devem ser regulares e estar entre 50 e 100 batimentos / pulsação por minuto. Fora destes limites, apenas a critério médico.
Idade
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos. Pessoas com mais de 60 anos somente poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60 anos, independente do sexo, e devem respeitar o intervalo mínimo de seis meses entre as doações. Se você doou em outro serviço de hemoterapia, apresente um comprovante para poder doar.
Atenção, se o candidato à doação de sangue tem entre 16 e 17 ou mais de 60 anos, é importante conhecer as Normas e documentos necessários para doação de sangue.
Intervalo entre doações
Mulheres
Podem doar sangue com um intervalo de 90 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo três vezes em um período de 12 meses.
Homens
Podem doar sangue com um intervalo de 60 dias entre uma doação de sangue total e outra, até, no máximo, quatro vezes em um período de 12 meses.
Nutrição
O candidato a doador deve se encontrar em boas condições nutricionais, a fim de que seu organismo possa responder adequada e prontamente à doação de sangue. O sangue doado é rapidamente reposto, a partir das reservas de líquido, vitaminas e minerais do corpo. Por isso, caso haja algum déficit proteicocalórico ou vitamínico, deve-se aguardar a normalização do estado nutricional para doar sangue. Caso se observe uma perda rápida de peso acima de 10% do peso inicial, é preciso aguardar três meses após a estabilização para a doação de sangue, mesmo que não se tenha utilizado medicamentos. Se houver perda de peso, sem que a pessoa tenha se submetido a dietas ou condicionamento físico, recomenda-se uma avaliação médica para averiguar o motivo.
Peso
A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8 mL/Kg e, para os homens, 9 mL/Kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de coleta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue e impedem a doação por pessoas com peso inferior a 50 Kg. Assim, na Fundação Hemominas coletam-se bolsas de sangue de acordo com as seguintes condições:
O peso será verificado no momento da doação e será descontado 1 kg referente ao peso da roupa.
Além disso, visando à segurança do doador, respeitamos o peso máximo suportado pela cadeira de coleta recomendado pelo fabricante, a fim de evitar acidentes durante a doação de sangue. Esse limite é variável, em função de diferentes modelos e fabricantes. Em torno de 130, 140 kg, sugerimos contatar a unidade onde pretende doar para saber o limite das cadeiras locais.
Para informações sobre obesidade, veja o item Doenças das glândulas (endócrinas) e metabólicas
Pressão arterial
Será aferida no momento da doação. A pressão sistólica (máxima) não poderá exceder 180mmHg ou estar abaixo de 90mmHg; a pressão diastólica (mínima) não poderá exceder 100mmHg ou estar abaixo de 60mmHg. É oportuno lembrar que a pressão arterial pode modificar-se rapidamente em resposta a exercícios físicos e ansiedade. Assim, não fazer esforço vigoroso antes de doar e permanecer tranquilo antes e durante a entrevista evitará que a doação não se efetive devido a uma alteração aguda da pressão arterial.
Candidatos portadores de hipertensão arterial
Essas pessoas somente poderão doar sangue na Fundação Hemominas se estiverem em uso de medicamentos de classe que não contraindiquem por si só a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), apresentando níveis pressóricos controlados e sem lesões secundárias que impeçam a doação (por exemplo, insuficiência cardíaca, insuficiência renal). Para avaliar tais condições, sugerimos que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado e informando a condição clínica do candidato. No dia da doação, a pressão arterial será aferida, e a doação apenas será realizada se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg. Salientamos que a Fundação Hemominas contraindica a suspensão de medicamentos para a realização de doação.Verifique o medicamento em Uso de medicamentos. Caso tenha dúvida, pergunte ao seu médico qual classe de medicamentos utiliza.
Repouso
O candidato deve ter dormido, pelo menos, quatro horas. Idealmente, deve ter dormido dentro do seu habitual, sentindo-se descansado no momento da doação. Se você trabalha no período noturno, compareça após seu horário diurno de descanso.
Sintomas comuns que impedem a doação
Esclarecemos que, em virtude da pandemia do coronavírus, o candidato que apresente qualquer sintoma respiratório, mesmo que leve, sem febre ou outros sintomas infecciosos, deverá aguardar 10 dias após recuperação para doar. Caso apresente febre, será necessário aguardar 14 dias para doar.
Temperatura
O doador deve estar sem febre. A temperatura será aferida no momento da triagem e não poderá exceder 37° C.
Alergias
Comuns (manifestações cutâneas ou respiratórias de intensidade leve a moderada): inaptidão na fase aguda e durante tratamento. Sintomas alérgicos respiratórios, como rinite, em função da pandemia, aguardar 10 dias. Se o candidato testar negativo para coronavírus no 5º dia de sintomas, poderá doar após 24 horas sem sintomas e sem uso de medicamentos antitérmicos.
Desportistas e atividades ocupacionais de risco
Não é aconselhável doar sangue 24h antes de uma competição esportiva importante. Uma espera de 12h é aconselhável após a doação de sangue, nos seguintes esportes: ciclismo, natação, alpinismo, paraquedismo, mergulho submarino, esportes automobilísticos, motociclismo em competições, escalada, rapel e outros esportes radicais.
Trabalhadores de atividades consideradas de risco
Aptos caso possam interromper tais atividades pelo período mínimo de 12 horas após a doação. Entre as ocupações consideradas de risco para o próprio indivíduo ou para outros estão: pilotar avião ou helicóptero, conduzir veículos de grande porte (ônibus, caminhões e trens), operar maquinário de alto risco (indústria e construção civil), trabalho em andaimes e prática de pára-quedismo ou mergulho.
Ferimentos
Ferimento traumático aberto (Solução de Continuidade) - aguardar cicatrização: apto após cicatrização e na ausência de complicações.
Ferimento traumático suturado - aguardar cicatrização: apto após a retirada dos pontos, cicatrização e na ausência de complicações.
Uso de aparelhos/equipamentos para deambulação/locomoção
Será avaliado o esforço necessário após doação, tanto no que se refere ao geral, quanto ao membro puncionado. Em caso de risco aumentado de reação adversa, haverá necessidade de acompanhante para auxiliar na deambulação/locomoção. Neste momento de pandemia, está contraindicada a presença de acompanhantes que não realizarão doação de sangue para reduzir aglomeração.
A realização de acupuntura por profissionais autorizados (clínicas e profissionais com autorização da Vigilância Sanitária), em condições de antissepsia (adotando normas de procedimentos para redução da ocorrência de infecções), impede a doação por 72h, se não houver sinais inflamatórios locais. Quando realizado por profissionais não autorizados ou sem condição da avaliação da antissepsia, impede a doação por 12 meses.
Piercing (aros metálicos aplicados ao corpo): em condições de antissepsia adequadas aguardar seis (6) meses, e 12 meses quando não for possível avaliar. Quando localizado em área genital ou na boca, somente poderá ser liberada a doação 12 meses após sua retirada. Este impedimento decorre do risco de transmissão de agentes infecciosos relacionado a estes procedimentos.
O candidato aprovado na triagem clínica para doação será submetido, também, a um exame prévio para identificação de anemia. No momento da seleção, será determinada a concentração de hemoglobina (Hb) ou de hematócrito (Ht) em amostra de sangue do candidato à doação, obtida por punção digital ou por venopunção ou por método validado que possa vir a substituí-los.
Os valores mínimos aceitáveis do nível de hemoglobina/hematócrito são:
Mulheres: Hb =12,5g/dL ou Ht =38%;
Homens: Hb =13,0g/dL ou Ht =39%.
Quando o resultado for inferior ao mínimo legal para doação, o candidato será encaminhado para realizar exames externos. Caso apresentem níveis de ferro dentro da normalidade, poderão se candidatar novamente no prazo de 30 dias. Candidatos com valores de ferro abaixo do normal ou que não realizem avaliação externa deverão aguardar 6 meses para se candidatar novamente.
O candidato que apresente níveis de Hb igual ou maior que 18,0g/dL ou Ht igual ou maior que 54% será impedido de doar e encaminhado para investigação médica para descartar doenças como causa, especialmente hematológicas. Em caso de liberação e nova ocorrência de hemoglobina elevada, o médico da Fundação Hemominas deverá avaliar a necessidade ou não de nova propedêutica.
Pessoas portadoras de anemia hereditária (transmitida de pais para filhos) não podem doar sangue. Anemias carenciais (por deficiência alimentar ou perda excessiva de ferro) impedem a doação por um prazo de seis meses após a normalização dos exames e término do tratamento. Quando detectado um valor inferior ao limite de doação, mesmo que ainda não caracterizando anemia, recomendamos aguardar 6 meses para uma nova avaliação para doação de sangue.
Portadores do traço falciforme (presença de hemoglobina S associada à hemoglobina A no exame de eletroforese de hemoglobina, característico de familiares de pacientes portadores de anemia falciforme ou drepanocitose) podem doar sangue normalmente. Na Fundação Hemominas todo o sangue doado é avaliado para a presença de hemoglobina S e quando é detectada sua presença, o sangue é rotulado a fim de que seja utilizado apenas em pacientes que não possuam contraindicação para recebê-lo. Os portadores de traço falciforme não devem doar através do método de aférese.
Algumas cirurgias impedem a doação de sangue em virtude da perda sanguínea a que o paciente foi submetido; outras, pela doença que gerou a necessidade da cirurgia. A inaptidão é relacionada também à extensão da cirurgia. Abaixo, algumas cirurgias mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Atenção: sempre serão avaliados outros requisitos como a doença de base, medicamentos em uso; portanto, não deve ser considerado apenas o tempo do procedimento isoladamente.
Cirurgias mais frequentes |
Tempo de liberação |
Amigdalectomia |
Apto após 3 meses. |
Anestesia geral em procedimentos cirúrgicos não especificados neste item do manual |
Apto após 30 dias considerando-se apenas o procedimento anestésico. Este tempo pode se prolongar dependendo do tipo de cirurgia realizada. |
Apendicectomia (retirada do apêndice) |
Apto após 3 meses. |
Aplicação de metacrilato |
Ver preenchimento dérmico. |
Aplicação de toxina botulínica (Botox) |
Apto após três (3) dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, inaptidão por 12 meses. |
Artrodese de coluna (cirurgia para estabilização das vértebras) |
Apto após 6 meses. |
Artroscopia (exame das articulações/juntas com o uso de artroscópio - equipamento endoscópico) |
Apto após 6 meses. |
Balão intragástrico |
Apto após 6 meses da retirada e estabilização de peso. |
Carboxiterapia (injeção de gás carbônico no subcutâneo – abaixo da pele) |
Apto após três (3), dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses. |
Cateterismo cardíaco (exame para avaliação dos vasos do coração) |
Apto após 30 dias. |
Cauterizações (tratamento com queima de vasos) |
Apto após 30 dias. |
Cintilografia (tipo de exame para rastreamento de lesões com injeção de contrastes radioativos) |
Apto após 7 dias. |
Cirugias vasculares complexas (excetuando-se varizes e traumas vasculares periféricos) |
Inaptidão definitiva. |
Cirurgias adenoma prostático |
Apto após 3 meses. |
Cirurgias cardíacas |
Inaptidão definitiva. |
Cirurgias de hipófise |
Inaptidão definitiva. |
Cirurgias de paratireoide |
Apto após 6 meses. |
Cirurgia de politrauma |
Apto após 12 meses. |
Cirurgias de suprarrenal: feocromocitoma |
Inaptidão definitiva. |
Cirurgias de tireóide |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias dermatológicas de pequeno porte |
Apto após cicatrização. |
Cirurgias endoscópicas (cirurgias realizadas com uso de fibra ótica em tubos flexíveis) |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de grande porte |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias ginecológicas (cirurgias do aparelho genital feminino) de pequeno porte |
Apto após 3 meses após alta. |
Cirurgias por má-formação renal |
Sem sequelas funcionais: apto após 6 meses. |
Cirurgias do Sistema Nervoso Central (SNC) |
Apto após 6 meses, sem sequelas ou sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, após alta do acompanhamento neurológico. Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso. |
Cirurgias oftalmológicas (olhos) com acesso ao sistema nervoso central |
Apto após três (3) meses, sem sequelas, ou sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, após alta do acompanhamento neurológico. Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso. |
Cirurgias oftalmológicas (olhos) de pequeno porte (pterígio, catarata, miopia, laser) |
Apto após a alta oftalmológica. |
Cirurgias ortopédicas |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias de doenças benignas da mama |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias plásticas sob anestesia local |
Apto após 3 meses. |
Cirurgias plásticas sob bloqueio peridural ou raquimedular ou anestesia geral |
Apto após 6 meses. |
Cirurgias urológicas (incluem trato urinário e sistema genital masculino) de pequeno porte (vasectomia, fimose, hipo e epispádia) |
Apto 30 dias após alta. |
Cirurgias de varizes de membros inferiores |
Apto após 3 meses. |
Colecistectomia (retirada de vesícula) |
Apto após 6 meses. |
Colectomia (retirada do intestino grosso) |
Apto após 1 ano. |
Criolipólise (procedimento estético) |
Aguardar 3 dias após cada sessão para avaliação de reação inflamatória. Estando sem sinais inflamatórios, liberar. |
Curetagem |
Apto após 12 semanas, se pós-aborto; demais causas, apto após a cura. |
DIU (dispositivo intrauterino) |
Apto. |
Eletrólise |
Apto após três (3) dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, apto após 12 meses. |
Endoscopias/laparoscopias (procedimentos para exames e cirurgias realizados por meio de instrumentos endoscópicos) – ver definições básicas |
Apto após 6 meses. |
Enterectomia (retirada do intestino delgado) |
Inaptidão definitiva. |
Enxertos heterólogos de tecidos (tecidos de doadores) |
Apto após 1 ano. |
Esclerose de varizes de de membros inferiores |
Apto 3 dias após procedimento. |
Esplenectomia (retirada do baço) |
Inaptidão definitiva. |
Esplenectomia pós-traumática (retirada do baço após acidente) |
Apto após 1 ano. |
Exames com contrastes aéreos |
Apto após 30 dias. |
Exames com contrastes baritado |
Apto. |
Exames com contrastes iodado |
Apto após 30 dias. |
Extração de cálculos |
Apto após 3 meses. |
Gastrectomia total e subtotal, incluindo cirurgia bariátrica com ou sem colocação do anel (retirada do estômago total ou parcial, ou redução de volume) |
Inaptidão definitiva. |
Hemorroidectomia |
Apto após 3 meses. |
Hepatectomia pós-trauma, doação, má-formação (retirada do fígado) |
Apto após 1 ano. |
Hernioplastia (cirurgia para tratamento de hérnia no abdômen) |
Apto após 3 meses. |
Histerectomia (retirada do útero) |
Apto após 6 meses. |
Infiltração articular (aplicação de medicamento diretamente nas artitculações/juntas) |
Apto após 15 dias. |
Laminectomia (cirurgia para descompressão do nervo ao nível da coluna) |
Apto após 6 meses. |
Laparoscopia (cirurgia abdominal com uso de laparoscópio – endoscópio) |
Apto após 6 meses. |
Laparotomia branca (cirurgia do abdômen em que não foi identificada alteração dos órgãos) |
Apto após 3 meses. |
Lipoaspiração (cirurgia estética para retirada de gordura localizada) |
Apto após 6 meses. |
Litotripsia (a laser) (destruição de cálculos renais com laser) |
Apto após 30 dias. |
Lobectomia (retirada de parte do pulmão) |
Inaptidão definitiva. |
Mesoterapia (procedimento estético com injeção de enzimas no subcutâneo – abaixo da pele) |
Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses. |
Microagulhamento |
Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia, apto após 12 meses. Uso domiciliar: necessário avaliar possibilidade de compartilhamento. |
Mielografia (exame da medula espinhal com injeção de contraste) |
Apto após 30 dias. |
Nefrectomia por patologias que não má-formação renal (retirada do rim) |
Inaptidão definitiva. |
Nefrectomia (retirada do rim) pós-trauma, doação, má-formação |
Apto após 6 meses. |
Parto cesariana |
Apto após 6 meses. |
Parto normal |
Apto após 12 semanas. |
Pleurostomia (cirurgia para tratamento de doenças na pleura) |
Apto após 3 meses. |
Pneumectomia (retirada de um pulmão) |
Inaptidão definitiva. |
Preenchimento dérmico (procedimento estético para redução de rugas) |
Apto após 3 dias se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. * Ainda necessário avaliar material utilizado: - Se gordura autóloga, metacrilato, politetrafluoroetileno, hidroxiapatita de cálcio, ácido poliláctico, ácido hialurônico sintético (Restylane Fine Line®, Restylane®, Perlane®, Restylane Sub Q®, Juvederm®, Captique®: apto após cicatrização. - Se uso de material de origem humana heterólogo ou animal: apto após 12 meses. *Colágeno: CosmoDerm®, Cosmoplast®, Zyderm®, Zyplast®. *Derme de cadáver humano: Cymetra®, Dermalogen®, Fascian®. *Ácido hialurônico derivado de animal: Hylaform, Hylaform Plus; |
Procedimentos com radioisótopos (exames ou tratamentos com materiais radioativos) |
Apto após 7 dias de cada aplicação. |
Procedimentos estéticos não discriminados |
Apto após 3 dias, se não houver sinais inflamatórios, em condições de antissepsia adequado, procedimento realizado por profissional de saúde com uso de materiais descartáveis. Se não for possível avaliar condições de antissepsia ou se houve utilização de substâncias de origem humana ou animal, inaptidão por 12 meses. |
Punção articular (retirada de líquido em articulações ou juntas) |
Apto após 15 dias. |
Punção nódulo mamário (retirada de material de nódulos/caroços nas mamas) |
Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária. |
Punção nódulo tireoidiano (retirada de material de nódulos/caroços na tireóide) |
Aguardar resultado. Avaliar ocorrência de infecção secundária. |
Radioterapia (tratamento com material radioativo) |
Considerar doença de base e resolução dos eventuais efeitos adversos. |
Ressecção de aneurisma |
Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes. |
Ressecção de varizes |
Apto após 3 meses. |
Retirada de nódulo (caroço) mamário |
Apto após 6 meses. |
Simpatectomia (tipo de cirurgia em nervos) |
Apto após 1 ano. |
Tireoidectomia, cirurgias de tireóide |
Apto após 6 meses. |
Toracocentese (punção do tórax para retirada de ar ou líquido) |
Apto após 6 meses. |
Transfusão autóloga (transfusão do próprio sangue) |
Será avaliado o prazo do procedimento que gerou a necessidade da transfusão, visto que este excederá o prazo do risco da transfusão. |
Transplante de córnea |
Inaptidão definitiva. |
Transplante de duramater (membrana que recobre o sistema nervoso central) |
Inaptidão definitiva. |
Transplante de órgãos |
Apto após 1 ano. |
Xenotransplante |
Inaptidão indefinida. |
Traumas vasculares periféricos |
Apto após 30 dias. |
Vagotomia super seletiva |
Apto após 6 meses.
|
Em qualquer parte do corpo, impede a doação de sangue em definitivo; exceto se for carcinoma “in situ” do colo do útero ou carcinoma basocelular (tipo de tumor de pele). Tumores benignos não impedem a doação.
O triagista irá avaliar a localização e extensão das lesões, além da causa. Algumas doenças podem impedir a doação pelo risco de contaminação do sangue no momento da coleta; outras, por apresentarem uma reação sistêmica. A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças dermatológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Abcessos |
Apto 15 dias após término do tratamento. |
Acne comum |
Apto. |
Acne rosácea |
Apto 30 dias após término do tratamento. |
Cisto pilonidal infectado |
Apto após 15 dias do término do tratamento. |
Cisto pilonidal |
Inapto por 15 dias. |
Eczema alérgico intenso ou grave |
Apto seis meses após a cura. Eczemas alérgicos leves: apto sete dias após o término das manifestações clínicas ou do tratamento. |
Erisipela |
Apto após 14 dias do término do tratamento. |
Eritema nodoso infeccioso |
Apto após três meses da cura. |
Eritema nodoso não infeccioso |
Se não houver contraindicação definitiva pela doença de base (p.ex.: Crohn, sarcoidose), apto após 6 meses. |
Eritema polimorfo (associado à reação medicamentosa) |
Apto 6 meses após a cura.. |
Eritrodermias |
Apto 6 meses após a cura. |
Esporotricose |
Ver doenças infecciosas e parasitárias |
Gangrena |
Inapto, pelo menos, 6 meses após término do tratamento, de acordo com a doença de base. |
Herpes simples labial |
Ver doenças infecciosas e parasitárias |
Herpes zoster |
Ver doenças infecciosas e parasitárias |
Larva migrans |
Ver doenças infecciosas e parasitárias |
Lesões de pele no local da punção venosa |
Inapto até cura. |
Líquen plano |
Apto 6 meses após a cura. |
Lúpus discoide |
Apto. Avaliar se realiza controle clínico periódico. Caso não realize, solicitar atualização do controle clínico. |
Micoses |
Apto desde que não haja acometimento no local de punção. |
Pênfigo |
Inaptidão definitiva. |
Psoríase |
Pequeno comprometimento estritamente cutâneo, local de venopunção sem lesões, sem uso de medicamentos: Apto. Manifestação sistêmica, como hemangioma, extensa ou em uso de medicamentos: inaptidão definitiva. |
Ptiríase rósea |
Apto. |
Ptiríase versicolor |
Apto, desde que não haja acometimento no local de punção. |
Radiodermatite |
Inaptidão de acordo com a doença de base. |
Úlcera arterial |
Inaptidão definitiva. |
Verruga comum |
Apto. |
Vitiligo |
Apto. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Adenoma de hipófise |
Apto se controlado clinicamente, sem complicações ou fatores associados e sem história de uso de hormônio de crescimento. |
Bócio eutireoidiano |
Apto. |
Diabetes insipidus |
Inaptidão definitiva. |
Diabetes mellitus tipo I ou II insulinodependente |
Inaptidão definitiva. |
Diabetes mellitus tipo II não insulinodependente |
Apto, se controlado sem lesões de órgãos alvo (rim ou coração). Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente. |
Dislipidemia (elevação do colesterol ou triglicérides) |
Apto após controle por dieta e/ou medicamentoso, atingindo níveis aceitáveis para as diversas frações. Hiperlipidemia familiar caracteriza inaptidão definitiva. Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente. |
Feocromocitoma |
Inaptidão definitiva. |
Hiperaldosteronismo |
Inaptidão definitiva. |
Hiperfunção de hipófise |
Ver adenoma de hipófise e hiperprolactinemia. Demais hiperfunções: inaptidão definitiva. |
Hiperlipoproteinemias |
Se familiar, essencial, inaptidão definitiva. |
Hiperprolactinemia |
Apto após avaliação médica, se a causa for benigna. Sugerimos a apresentação de relatório do médico assistente. |
Hipertireoidismo |
Inaptidão definitiva. |
Hipoglicemia |
Apto, se assintomático. |
Hipopituitarismo |
Inaptidão definitiva. |
Hipotireoidismo |
Apto após controle. Para Tireoidite de Hashimoto, solicitar relatório médico, informando que autoimunidade ativa contraindica doação. A detecção de autoanticorpos no sangue doado no caso de candidatos com histórico de doença autoimune deverá ser motivo de inaptidão definitiva, não considerando os 6 meses de intervalo para nova doação, conforme protocolo de doadores sem histórico de doenças, que somente são inaptos após uma segunda doação com resultado positivo. |
Insuficiência suprarrenal |
Inaptidão definitiva. |
Intolerância à glicose |
Apto. |
Obesidade com tratamento não cirúrgico |
Em caso uso de fórmulas, serão verificadas as substâncias ativas presentes. Se não houver contraindicação pelo uso de medicamentos, será avaliado o Índice de Massa Corporal (IMC). |
Síndrome de Cushing |
Inaptidão definitiva. |
Tireoidite aguda e subaguda |
Inaptidão até 1 ano após cura, sem sequela. |
Tireoidite autoimune |
Inaptidão definitiva. Tireoidite de Hashimoto: solicitar relatório médico, informando que autoimunidade ativa contraindica doação. A detecção de autoanticorpos no sangue doado no caso de candidatos com histórico de doença autoimune deverá ser motivo de inaptidão definitiva, não considerando os 6 meses de intervalo para nova doação conforme protocolo de doadores sem histórico de doenças, que somente são inaptos após uma segunda doação com resultado positivo. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças gastrointestinais poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças mais frequentes | Tempo de liberação |
Cirrose hepática | Inaptidão definitiva. |
Colite pseudomembranosa | Aguardar 30 dias após término do tratamento. |
Colite ulcerativa | Inapto definitivo. |
Diarreia aguda inespecífica | Avaliação de acordo com a etiologia e condição clínica do candidato. Apto sete dias após a cura, sem repercussão clínica. |
Diarreia aguda | Diarreia de provável origem viral: apto após sete dias. Provável origem bacteriana: Apto após 15 dias. Gastroenterite: ver item correspondente. |
Diarreia crônica | De acordo com etiologia. |
Diarreia persistente | De acordo com etiologia. |
Divertículos | Assintomático: apto. Crise aguda sem internação: 30 dias após término do tratamento. Com internação: 3 meses após término do tratamento. |
Doença celíaca | Apto após controle (assintomático). |
Doença de Crohn | Inaptidão definitiva. |
Esofagite crônica | Tratamento inicial: aguardar 30 dias. Tratamento de manutenção e assintomático: apto. |
Estenose esofagiana | Inapto definitivo. |
Gastrite aguda | Se não houve hemorragia e/ou realização de endoscopia, aguardar 15 dias. Caso contrário, será considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia. |
Gastrite crônica | Liberação de acordo com etiologia. Se inespecífica: considerado tempo de inaptidão relativo à endoscopia. |
Gastroenterite aguda | Aguardar 15 dias após cura. |
Hepatite medicamentosa | Apto seis meses após a cura. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos. |
Hérnia hiatal | Na ausência de esofagite não há contraindicação. |
Hipertensão porta | Inapto definitivo. |
Icterícia de etiologia desconhecida | Inapto definitivo. |
Infarto mesentérico | Inaptidão definitiva. |
Litíase biliar | Apto 30 dias após última crise de cólica biliar. |
Pancreatite aguda, inclusive medicamentosa | Apto seis meses após recuperação. Será avaliada também a realização de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos. |
Pancreatite crônica | Inaptidão definitiva. |
Pólipos intestinais | Será avaliada realização de colonoscopia. |
Retocolite ulcerativa | Inaptidão definitiva. |
Síndrome de Gilbert | Assintomático, apto. Sintomático: aguardar 15 dias. |
Trombose da veia porta | Inaptidão definitiva. |
Úlcera gástrica e duodenal | Apto após 12 meses |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
|
A seguir, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho urinário poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Aborto |
Aguardar 12 semanas. |
Amamentação |
Inapta até suspensão ou 12 meses após parto. |
Atraso menstrual |
Inapta até menstruação em idade fértil ou que se afaste outro problema que impeça a doação. |
Candidíase |
Inapto até 7 dias após término do tratamento. |
Cistite |
Apto 15 dias após cura sem sintomas. |
Cistos renais isolados |
Apto na ausência de suspeita de malignidade. |
Clamídia |
Apto após 15 dias do tratamento |
Climatério, independentemente de reposição hormonal hormonal/menopausa |
Apta. |
Cólica nefrética |
Apto após 30 dias do término do tratamento. |
Colpites |
Apto após 7 dias do tratamento |
Doenças renais crônicas |
Inaptidão definitiva. |
Doenças sexualmente transmissíveis (DST), exceto as especificadas. |
Apto após 1 ano do tratamento. |
Endometriose |
Apto |
Glomerulonefrite aguda |
Apto após 30 dias do término do tratamento, sem sequelas. |
Gonococcia |
Apto após 1 ano do tratamento. |
Gravidez |
Inaptidão temporária. Prazo de acordo com desfecho. |
Herpes simples genital |
Apto após cura das lesões. |
HPV (papilomavírus) |
Apto após cura das lesões. |
Insuficiência renal crônica |
Inaptidão definitiva. |
Litíase renal (cálculo renal) |
Apto se assintomático e sem uso de medicamentos. |
Má formação renal |
Apto, se não houver alteração funcional. |
Menstruação |
Apta |
Nódulo mamário não especificado |
Avaliação caso a caso, para definição do tempo de inaptidão. A doação não deve ser realizada se o nódulo não foi completamente investigado, se a possibilidade de malignidade não foi afastada ou se de origem maligna. |
Pielonefrite (infecção renal) |
Apto 30 dias pós a cura, sem sequelas. |
Rins policísticos |
Inaptidão definitiva. |
Síndrome nefrítica aguda |
Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão. |
Síndrome nefrítica crônica |
Inaptidão definitiva |
Síndrome nefrótica |
Inaptidão definitiva |
Vaginites |
Apto após 7 dias do tratamento |
Uretrites |
Apto 30 dias após a cura, exceto se de origem gonocócica. |
Salpingites |
Apto após 3 meses, exceto se de origem gonocócica. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Acidente vascular cerebral (AVC/derrame) |
Ver doenças neurológicas |
Aneurismas grandes artérias |
Inaptidão definitiva. |
Aneurismas pequenas artérias |
Apto após 12 meses, se não houver aneurismas remanescentes. |
Angina |
Inaptidão definitiva. |
Angioma isolado intracraneano |
Inaptidão definitiva. |
Angioma isolado cutâneo |
Apto desde que não atinja área de punção. |
Angiomas múltiplos |
Inaptidão definitiva. |
Arritmias cardíacas, exceto arritmia sinusal, bradicardia sinusal e do atleta, extrassistolia, taquicardia sinusal e TPSV (taquicardia paroxística supraventricular) |
Inaptidão definitiva. |
Arritmia sinusal (alteração da frequência cardíaca relacionada à respiração) |
Apto. |
Bloqueio de ramo direito |
Apto, se não houver outras alterações cardiológicas e eletrocardiográficas. |
Bradicardia do atleta |
Frequência acima de 40, com evidência de treinamento aeróbico intenso, será avaliada a liberação por um médico. Não havendo esta evidência, será solicitada avaliação cardiológica. |
Cardiopatias graves |
Inaptidão definitiva. |
Coronariopatia |
Inaptidão definitiva. |
Doença de Kawasaki |
Se houve acometimento cardíaco: apto após 1 ano se não houve seqüelas. Se houve desenvolvimento de aneurismas e foi ressecado: apto após 1 ano da ressecção. No caso de aneurisma coronariano, independente da ressecção: inaptidão definitiva. |
Endocardite bacteriana sem sequelas |
Apto após 2 anos, sem sequelas. |
Extrassistolia |
Apto, se menos de 5 por minuto. Acima de 5 por minuto, será solicitada avaliação cardiológica. |
Flebite de repetição |
Inaptidão definitiva. |
Hipertensão arterial |
Ver critérios gerais. |
Hipertensão arterial com lesão de órgão alvo (doença renal, cardíaca secundárias à hipertensão) |
Inaptidão definitiva. |
Infarto agudo do miocárdio |
Inaptidão definitiva. |
Insuficiência arterial |
Inaptidão definitiva. |
Insuficiência cardíaca |
Inaptidão definitiva. |
Linfedema congênito |
Apto se: - puder ser controlado com medidas terapêuticas; - houver apenas aumento da consistência da pele, sem modificações estruturais da pele e do tecido celular e - na ausência de dermatose crônica. Considerando que na vigência de alterações estruturais da pele e de perda funcional importante, haverá porta de entrada facilitada para infecções cutâneas. |
Má formação cardíaca |
Inaptidão definitiva. |
Miocardite |
Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva. |
Pericardite |
Sem sequelas: 1 ano. Com sequelas: inaptidão definitiva. |
Ponte intramiocárdica |
Inaptidão definitiva. |
Prolapso válvula mitral |
Apto se ausência de insuficiência valvar e arritmias; caso contrário, inapto definitivo. |
Sopro |
Solicitar avaliação cardiológica para definição diagnóstica. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação. Candidatos com regurgitação/refluxo leve com válvulas com função e anatomia não alteradas: aptos. |
Taquicardia sinusal |
Reavaliar em 15 minutos, se não houver outros sinais cardiológicos. |
Taquicardia supraventricular paroxística |
Solicitar avaliação cardiológica para liberação. Deverá ser anexado laudo do cardiologista à ficha de doação. |
Traumas vasculares periféricos |
Ver cirurgias e procedimentos médicos |
Tromboflebite isolada |
Apto 6 meses após término do tratamento. |
Trombose arterial |
Inaptidão definitiva. |
Trombose venosa profunda isolada |
Apto 6 meses após término do tratamento. |
Trombose venosa profunda recorrente |
Inaptidão definitiva. |
Valvulopatia congênita ou adquirida |
Inaptidão definitiva. |
Wolf-Parkinson-White |
Inaptidão definitiva, exceto se já realizada ablação com relatório médico. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças do aparelho respiratório poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças | Tempo de liberação |
Abcesso pulmonar |
Apto após 1 ano da cura. |
Asma grave |
Inaptidão definitiva. |
Asma leve (menos de 1 crise/trimestre controlada com inalatórios) |
Apto uma semana após a crise e sem uso de medicamentos. |
Bronquite aguda |
Apto 15 dias após cura. |
Corpulmonale |
Inaptidão definitiva. |
Doença pulmonar obstrutiva crônica |
Inaptidão definitiva. |
Fibrose pulmonar idiopática |
Inaptidão definitiva. |
Gripe A (H1N1) ou gripe suína |
Ver item sobre infecções. |
Hipertensão pulmonar |
Inaptidão definitiva. |
Micose pulmonar |
Inaptidão definitiva. |
Otite aguda ou crônica |
Apto 15 dias após cura. |
Pleurite (exceto se tuberculose) |
Apto seis meses apos tratamento. |
Pneumoconioses |
Inaptidão definitiva. |
Pneumonia intersticial |
Inaptidão definitiva. |
Pneumonia por hipersensibilidade (alérgica) |
Inaptidão definitiva. |
Pneumonia tratamento ambulatorial |
Apto três meses após cura. |
Pneumonia tratamento hospitalar |
Sem drenagem: apto após três meses. Com drenagem: apto após 6 meses. |
Pneumonite por drogas (amiodarona, nitrofurantoína etc) |
Inaptidão definitiva. |
Pneumotórax espontâneo |
Apto após três meses. |
Sinusite aguda ou crônica |
Apto 15 dias após cura. |
Status asmaticus |
Inaptidão definitiva. |
Trauma torácico (contusão pulmonar, hemotórax) |
Apto após seis meses. |
Tromboembolismo pulmonar |
Inaptidão definitiva. |
Tuberculose miliar |
Inaptidão definitiva. |
Tuberculose pulmonar |
Apto após cinco anos do término do tratamento sem sequelas. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Agranulocitose medicamentosa |
Apto após 6 meses. |
Anemia ferropriva e por outras deficiências nutricionais |
Apto após 6 meses. |
Anemias hereditárias |
Inaptidão definitiva. |
Aplasia de medula |
Inaptidão definitiva. |
Coagulação intravascular disseminada |
Inaptidão definitiva. |
Coagulopatias adquiridas e hereditárias |
Inaptidão definitiva. |
Esplenomegalia idiopática |
Inaptidão definitiva. |
Hemocromatose |
Inaptidão definitiva. |
Hemoglobinas variantes |
Na presença de hba + variante, apto. Ver traço falciforme. Na presença de duas variantes, mesmo sem história prévia de anemia, inapto definitivo. |
Hiperferritinemia |
Se hemocromatose e / ou com comprovadamente acúmulo de ferro em órgãos alvo: inaptidão definitiva. Se ausência das condições anteriores, mesmo com história de sangrias (aparentemente empíricas): apto para a doação. |
Histiocitose |
Inaptidão definitiva. |
Leucemias |
Inaptidão definitiva. |
Leucopenia |
Necessária avaliação médica e apresentação de relatório para avaliação. |
Linfomas |
Inaptidão definitiva. |
Mieloma |
Inaptidão definitiva. |
Neutropenia crônica |
Inaptidão definitiva. |
Policitemia |
Inaptidão definitiva. |
Poliglobulia primária |
Inaptidão definitiva. |
Poliglobulia secundária |
Encaminhar para avaliação, porém só doará dentro do limite exigido. |
Porfirias |
Inaptidão definitiva. |
Púrpura trombocitopênica idiopática |
Na criança: sem sequelas, apto. No adulto: inaptidão definitiva. |
Traço falciforme |
Apto para doação de sangue total. Aférese: inaptidão definitiva. |
Doenças neurológicas e psiquiátricas
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças neurológicas poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.Doenças |
Tempo de liberação |
Acidente vascular cerebral AVC/derrame) |
Inaptidão definitiva. |
Aneurismas intracranianos |
Inaptidão definitiva. |
Convulsão febril, metabólica ou pós-trauma |
Apto após 2 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas. |
Convulsão por epilepsia |
Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas. |
Deficiência mental/ déficit cognitivo acentuado (secundário a neuroatipias, doenças neurológicas, psiquiátricas ou genéticas – ex: síndrome de down) | Inaptidão definitiva. Obs.: será avaliado se o déficit cognitivo incapacita o candidato à doação em relação à vida autônoma e imputabilidade jurídica (responsabilidade legal sobre seus atos) e sua capacidade de responder às questões. Candidatos à doação que possuam responsáveis legais em função de serem portadores de doenças neurológicas, psiquiátricas e/ou genéticas deverão ser automaticamente considerados inaptos em virtude da existência de inimputabilidade jurídica. |
Depressão |
Apto se estiver controlada. Verificar uso de medicamentos de outras classes, além dos antidepressivos. |
Derivação ventriculoperitoneal |
Sem sequela e sem história de infecção recorrente, apto. Se sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, realizar avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso. |
Doença de Alzheimer |
Inaptidão definitiva |
Doença de Guillain-Barret |
Inaptidão definitiva. |
Doença de Parkinson |
Inaptidão definitiva. |
Doenças que gerem inimputabilidade jurídica (pessoas que necessitam de um tutor para responder legalmente por eles) |
Inaptidão definitiva. |
Enxaqueca |
Apto se assintomático e sem uso de medicamentos. |
Epilepsia |
Apto após 3 anos da suspensão do tratamento e sem relato de crises convulsivas. |
Esclerose em placa |
Inaptidão definitiva. |
Esclerose lateral amiotrófica |
Inaptidão definitiva. |
Esclerose múltipla |
Inaptidão definitiva. |
Esquizofrenia |
Inaptidão definitiva. |
Hematoma sub e extra-dural |
Apto após 1 ano sem sequela e inaptidão definitiva se com sequelas. |
Labirintite |
Apto 30 dias após crise e sem uso de medicamentos. |
Leucoencefalites progressivas |
Inaptidão definitiva. |
Lipotímias |
Se sucessivas ou hipotensão prolongada: inapto até esclarecimento. |
Meningite |
Ver doenças infecciosas. |
Miastenia gravis |
Inaptidão definitiva. |
Neurofibromatose |
Forma maior: inaptidão definitiva. Forma menor: apto, avaliar local de punção. |
Nistagmo/outros movimentos irregulares do olho |
Avaliar doença de base para definição do tempo de inaptidão |
Paralisia cerebral |
Avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso. |
Paralisia de Bell |
Apto. |
Psicoses |
Inaptidão definitiva. |
Traumatismo craniano |
Apto após 1 ano sem sequela. Se sequela apenas motora ou sensorial, sem histórico de disautonomia, realizar avaliação individualizada da mobilidade, riscos de reações adversas por esforço físico pós-doação por uso de aparelhos para locomoção. Solicitar relatório de médico assistente informando que o histórico de disautonomia é motivo de inaptidão por risco aumentado de reação adversa. Avaliar presença de outros acometimentos que possam ser motivo de inaptidão. Avaliação médica caso a caso. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças mais frequentes | Tempo de liberação |
Conjuntivite | Apto uma semana após a cura. |
Blefarite | Apto uma semana após a cura. |
Episclerite | Será avaliada doença de base. |
Esclerite | Será avaliada doença de base. |
Glaucoma | Apto, se controlado sem medicação. Em uso de medicação: apto após 48hs da suspensão do medicamento. |
Hordéolo (terçol) | Apto, uma semana após a cura |
Iridociclite | Será avaliada doença de base. |
Irite | Será avaliada doença de base. |
Neurite óptica | Apto, se não estiver em tratamento. Avaliar doenças de base. |
Retinopatias | Será avaliada doença de base. |
Retinose pigmentar | Apto. |
Tracoma | Apto após 12 meses do tratamento tendo cura sem cicatrizes. |
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
Doenças |
Tempo de liberação |
Afecções periarticulares |
Apto. |
Asbestose |
Inapto definitivo. |
Eczemas alérgicos |
Apto 6 meses após a cura. |
Hepatite por halotano |
Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos |
Intoxicação por benzeno |
Em caso de alterações hematológicas secundárias: inapto definitivo. Outras manifestações: apto 6 meses após a cura. |
Intoxicação por berilo |
6 meses após a cura |
Intoxicação por chumbo (saturnismo) |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por cromo |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por derivados do petróleo |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por fósforo |
Em caso de dermatite: após desaparecimento dos sintomas. Em caso de osteomalácia: 6 meses após a cura. |
Intoxicação por mercúrio |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por níquel |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por outros metais pesados |
Inapto definitivo. |
Intoxicação por selênio |
Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos |
Intoxicação por solventes orgânicos líquidos |
Apto após desaparecimento dos sintomas clínicos |
Pneumoconiose |
Inapto definitivo. |
Siderose |
Inapto definitivo. |
Silicose |
Inapto definitivo. |
Doenças infecciosas e parasitárias
Abaixo, algumas doenças mais frequentes e seus tempos de liberação. Além destas, outras doenças poderão impedir temporária ou definitivamente a doação de sangue.
|
A realização de exames endoscópicos (através da utilização de tubos flexíveis para avaliação de cavidades do corpo humano) e de laparoscopias impede a doação por seis (6) meses.
A menstruação por si não impede a doação. Se a pessoa costuma apresentar cólicas intensas, necessitando uso de medicamentos, aconselha-se doar sangue em um dia em que não se esteja com dor. Não se deve doar se a menstruação estiver atrasada ou houver dúvida quanto a uma possível gravidez. A gravidez impede a doação, pois é um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue.
Após um aborto ou parto normal, é necessário aguardar três meses para doar sangue. A cesariana impede a doação por seis meses.
A amamentação impede a doação até que a criança complete um ano.
Algumas doenças que são transmissíveis pelo sangue são adquiridas em situações comuns, como acidentes por contato com sangue e secreções humanas, utilização de drogas e relacionamentos sexuais. Estas situações são avaliadas de maneira individual e sigilosa pelo profissional responsável pela triagem clínica.
As doenças infecciosas apresentam um período variável para positivação do exame, a partir da sua aquisição. Este período é conhecido como janela. Nesse período, os exames não conseguem detectar a doença, mas se o sangue dessa pessoa for utilizado para transfusão, o receptor deste sangue poderá ser contaminado. É por esta razão que é preciso fazer perguntas íntimas acerca do comportamento sexual dos candidatos à doação de sangue. A triagem clínica permite identificar as pessoas que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de doenças transmissíveis pelo sangue, a partir da avaliação cuidadosa desse comportamento. Assim, o candidato deverá efetuar a doação somente após ter se passado tempo suficiente para que, caso tenha adquirido alguma doença, o exame consiga detectá-la.
Se não for possível doar sangue no dia do comparecimento, a Hemominas conta com a compreensão de todos para retornarem para nova avaliação.
Situação de risco acrescido |
Tempo de liberação |
Auto-hemoterapia |
Inaptidão por 12 meses após última aplicação. |
Compartilhamento de agulha |
Inaptidão definitiva. |
Contato sexual ou se morou com um indivíduo portador de hepatite viral: hepatite b aguda ou crônica (HBSAG positivo ou HBV NAT), Hepatite C |
Inaptidão por 12 meses. |
Doença sexualmente transmissível recorrente |
Inaptidão definitiva. |
Drogas ilegais injetáveis |
Inaptidão definitiva (inclusive na presença de evidência ou sinais corporais óbvios de uso de droga por via parenteral). |
Drogas ilegais não injetáveis |
Maconha: apto após 12 horas. Crack: apto após 12 meses. Cocaína inalável: apto após 12 meses. Uso de outras drogas será avaliado individualmente. |
Evidência clínica/laboratorial de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue |
Inaptidão definitiva. |
História familiar de doença de Creutzfeldt-Jakob |
Inaptidão definitiva. |
História pregressa de transfusão de sangue e derivados no reino unido |
Inaptidão definitiva para pessoas que tenham recebido transfusão no reino unido a partir de 1980 até os dias atuais. |
Número de parceiros nos últimos 6 meses |
Apto se no máximo 1 parceiro sexual fixo nos últimos 6 meses, cujo início do relacionamento sexual tenha ocorrido há, pelo menos, 6 meses. Relacionamento sexual com mais de 1 parceiro na relação sexual ou com parceiro nesta situação, inapto por 12 meses. |
Pessoas que estiveram em confinamento obrigatório por mais de 72h ou seus respectivos parceiros sexuais |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que foram vítimas de violência sexual ou seus respectivos parceiros sexuais |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com história de transfusão de sangue ou derivados. |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que tenham tido relação sexual com parceiros eventuais ou desconhecidos e os parceiros destes. |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que tenham tido relação sexual c/ parceiros portadores de HBV, HCV, outras infecções transmissíveis pelo sangue e/ou exames reagentes para anti-HIV. |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que tiveram acidente com material biológico: contato de mucosa ou pele com o referido material biológico (exposição não estéril a sangue ou outro material de risco biológico). |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que tiveram relação sexual em troca de dinheiro ou drogas e parceiros destes. |
Apto após 12 meses. |
Pessoas que tiveram relação sexual com parceiros com diagnóstico clínico ou laboratorial de Zika, dengue e Chikungunya |
Apto 30 dias após a última relação. |
Transfusão de sangue ou hemoderivados ou seus respectivos parceiros sexuais |
Apto após 12 meses. |
Único doador de unidade de sangue de paciente que tenha apresentado soroconversão para HBV, HCV, HIV ou HTLV na ausência de outra causa provável para a infecção. |
Inaptidão definitiva. |
TATUAGEM OU MAQUIAGEM DEFINITIVA (incluindo micropigmentação) |
Em condições de segurança: apto após 6 meses. Caso não seja possível determinar se as condições de segurança foram adequadas, apto após 12 meses. OBS.: Serão liberados os procedimentos que tenham sido feitos em locais inspecionados e com alvará sanitário.
|
Tratamento Dentário |
Tempo de liberação |
Abcesso dentário |
Apto 30 dias após a cura. |
Ajuste de aparelho ortodôntico |
Sem sangramento: 24horas, com sangramento: 72 horas. |
Extração dentária |
Sete dias após término do tratamento. |
Gengivite |
Sete dias após término do tratamento. |
Implante dentário |
Apto após 30 dias e assintomático. |
Limpeza dentária |
Aguardar 72 horas. |
Obturação |
Sem anestesia e sem sangramento: 24h, com anestesia ou sangramento: 72 horas. |
Tratamento de canal |
Apto sete dias após última manipulação, não sendo necessário aguardar final do tratamento. |
Tratamento dentário com anestesia geral |
Apto 30 dias após término do tratamento.
|
A ingestão de álcool na dose máxima de 40g impede a doação por um prazo de 12 horas. Consumo em dose superior impedirá a doação por 24 horas.
O alcoolismo crônico impede a doação de sangue. Esta restrição ocorre porque o uso frequente de bebidas alcoólicas pode afetar o fígado. O fígado doente pode não conseguir produzir adequadamente os fatores de coagulação. Na doação de sangue, a bolsa é fracionada em, pelo menos, três componentes, dentre os quais o plasma fresco congelado (PFC). O PFC é utilizado para repor fatores de coagulação em pessoas que estejam apresentando sangramento anormal. Assim, se o plasma de uma pessoa com doença hepática (doença do fígado) for utilizado, a transfusão pode não funcionar. Além disso, se o doador não estiver produzindo quantidades adequadas de fatores de coagulação, ele também poderá apresentar um sangramento anormal no local da doação, favorecendo a ocorrência de hematomas.
História atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas (ilegais) é contraindicação definitiva para a doação de sangue, pois é relacionado à aquisição de doenças infecciosas e transmissíveis pelo sangue.
O uso de cocaína por via nasal (inalação, cheirar) é causa de exclusão da doação por um período de 12 meses, contados a partir da data da última utilização; em virtude da possibilidade de transmissão de agentes infecciosos também por esta via.
O uso de outras drogas será avaliado pelo triagista durante a consulta.
Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios
O uso de analgésicos (medicamentos para tirar a dor) comuns não impede a doação; entretanto, o triagista avaliará o sintoma e/ou sinal que motivaram a sua utilização, o que poderá, por si, impedir a doação. Assim, sugere-se que se faça a doação em dias em que não se utilizar medicamentos. Todavia, aqueles que possuem atividade anti-inflamatória apresentam tempo maior de inaptidão. Verifique em anti-inflamatórios.
Anti-inflamatórios
Ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka Seltzer, Engov) e piroxicam (Feldene): inaptidão por 48 horas.
Demais AINE e os anteriores após 48 horas da utilização: não contraindicam a doação, porém não deve ser preparado concentrado de plaquetas a partir daquela doação, se o medicamento foi usado nos últimos 5 dias. Contraindicam a preparação de plaquetas por cinco dias e seu uso deve ser informado. A doação exclusivamente de plaquetas está contraindicada nesse período.
Medicamentos anti-inflamatórios: Diclofenacos (Voltaren, Cataflan, Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares.
Anorexígenos (classe das anfetaminas)
Aguardar sete (7) dias após a suspensão do medicamento.
Antiparasitários
Medicamentos para tratamentos de parasitas intestinais (vermes) comuns não impedem a doação. Algumas doenças que podem acometer outros órgãos além do intestino, como, por exemplo, a esquistossomose, apresentam um prazo de inaptidão variável. Verifique as condições nas informações a respeito das doenças infecciosas.
Anti-hipertensivos
Portadores de hipertensão arterial somente podem doar sangue na Hemominas se estiverem um uso de medicamento que não contraindique por si a doação (excluindo também medicamentos com associações em suas fórmulas), estando com os níveis pressóricos controlados e sem lesões em órgãos alvo (p.ex. coração, rins, olhos afetados pela hipertensão). Para avaliar estas condições sugerimos, que o candidato à doação apresente relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e a doação somente poderá ser realizada se a máxima estiver abaixo de 140 mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg.
As classes de anti-hipertensivos que não impedem a doação são as seguintes:
Medicamento |
Situação |
Diuréticos | Não há contraindicação. É necessária hidratação oral prévia mais vigorosa. |
Inibidores de enzima conversora de angiotensina (IECA): Captopril Enalapril ou similares | Não há contraindicação. O uso de IECA impede a doação por aférese. |
Antagonistas de angiotensina II: Losartan | |
Bloqueadores de canais de cálcio: Nifedipina, anlodipina |
O uso das seguintes drogas impede a doação de sangue na Fundação Hemominas, exceto se utilizadas em outras situações que não o controle de hipertensão arterial, após a suspensão pelo médico assistente.
É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.
Medicamento |
Situação |
Ação central: Metildopa, Clonidina, Reserpina |
48 horas após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso. |
Betabloqueadores: Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares
Bloqueadores alfa-adrenérgicos: Prazosina (Prazozin, Minipress SR), |
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Vasodilatadores: Minoxidil (Loniten). Hidralazina |
5 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso. |
Anticoncepcionais/ hormônios de reposição feminina
Não impedem a doação, inclusive a pílula do dia seguinte.
Indução da ovulação
Impede a doação por três meses após o término do tratamento, certificando-se ausência de gravidez.
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Antibióticos
O tempo de inaptidão varia de acordo com a vida média da droga, sendo no mínimo de 14 dias. Além disso, o tempo de inaptidão pela doença de base poderá ser superior ao previsto para o medicamento. Verificar as informações a respeito das doenças infecciosas (ver também doenças por sistema) para esclarecimento. O tempo de inaptidão será o maior especificado para cada situação.
Anticolesterolemicos
Não contraindicam a doação, mas a doença de base pode. Ver dislipidemia em doenças endocrinometabólicas.
Anti-histamínicos (medicamentos para tratamento de alergias)
Não contraindicam a doação. Avaliar a doença de base.
Colírios
Corticoides
Anticoagulantes e Antiplaquetários
Medicamento | Situação |
Anticoagulantes | Apto 10 a 14 dias após a interrupção do medicamento. A doença de base pode impedir por tempo maior. |
Clopidogrel | Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior. |
Prazugrel | Apto 7 dias após suspensão. |
Ticlopidine | Apto 14 dias após suspensão. A doença de base pode impedir por tempo maior. |
Medicamentos teratogênicos
Impedem a doação durante o tempo de eliminação pelo organismo. Alguns destes medicamentos requerem um prazo bastante longo em virtude de apresentarem acúmulo no organismo. Veja o tempo de inaptidão na tabela a seguir:
Medicamento | Situação |
Acitretina (Neotigason) (usado em psoríase) | Apto após três (3) anos do término do tratamento. |
Danazol | Apto 6 meses após término do tratamento. |
Dutasterida | Apto 6 meses após término do tratamento. |
Etretionato (usado em psoríase) | Inaptidão definitiva. |
Finasterida (Proscar) (tratamento de hiperplasia prostática benigna) e alopécia androgênica | 1 mês após a interrupção do medicamento |
Isotretinoína (Roacutan) (tratamento de acne) | 1 mês de inaptidão após a última dose. |
Leflunomida | Apto 2 anos após suspensão. |
Micofenolato de Mofetila | Apto após 6 semanas. |
nidegib | Apto 2 anos após suspensão. |
Tacrolimus |
a) em área extensa por mais de 3 semanas: inapto por 6 meses; b) em forma de colírio: apto. |
Testosterona e anabolizantes com prescrição médica | Apto após 6 meses. |
Upadacitinib | Apto após 30 dias. |
Vismodegib | Apto 2 anos após suspensão. |
Medicamentos alergênicos
Medicamentos que se caracterizam por provocar reações alérgicas ou anafiláticas impedem a doação pelo tempo de eliminação do organismo, pois alguns estudiosos acreditam que possam causar reações nos receptores.
Anticonvulsivantes
Inaptidão enquanto estiver em uso. Ver também epilepsia.
Homeopáticos
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.
Fitoterápicos (plantas medicinais)
Impedem a doação por 24 horas. Será avaliado o motivo da sua utilização que, por si, poderá impedir a doação por um prazo maior.
Hormônio do crescimento
Recombinante não impede a doação. Se de origem hipofisária, usado no passado, inaptidão definitiva.
Candidatos que façam uso crônico de medicamentos com ação no sistema nervoso central devem solicitar ao seu médico relatório informando sua condição clínica atual e liberação para doação de sangue. Não se recomenda a suspensão do uso de medicamentos com o fim de doar sangue. A utilização de medicamentos que afetem o SNC sem prescrição médica impede a doação pelo tempo total de eliminação da droga.
É CONTRAINDICADA A SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE.
Medicamento | Situação |
Ansiolíticos e soníferos |
Se a dose for elevada (três ou mais comprimidos por dia), contraindicam a doação. Em doses habituais, a condição clínica do candidato será avaliada. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente. |
Antidepressivos |
Da classe dos tricíclicos impedem a doação por 30 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente. As demais classes não impedem a doação, mas a condição clínica do candidato poderá impedir. Sugerimos apresentar relatório do médico assistente. |
Antipsicóticos: Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil) |
Apto 7 dias após a suspensão do uso do medicamento pelo médico assistente. Necessário apresentar relatório médico informando indicação para avaliar liberação. Veja doenças do sistema nervoso. |
Antirretrovirais |
Inaptidão definitiva se utilizado em tratamento. Se utilizado como PrEP (profilaxia pré-exposição) ou PEP (profilaxia pós-exposição): inaptidão por 6 meses, exclusivamente no que se refere ao uso do medicamento. Extensivo aos parceiros sexuais dos candidatos. *Lista de antirretrovirais em http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv * Atenção: CABOTEGRAVIR: Apto 2 anos após injeção. |
Algumas vacinas são produzidas com microorganismos vivos atenuados (enfraquecidos) que não causam doença em pessoas sadias. Em algumas situações em que a pessoa se encontra debilitada, por exemplo, quando está em uso de grandes doses de corticoides, em quimioterapia ou com doenças graves como o câncer, a vacina pode levar à ocorrência da doença. Estas vacinas geram um período de inaptidão maior, com o objetivo de que a resposta imunológica do receptor já tenha eliminado o microorganismo por ocasião da doação.
As vacinas produzidas a partir de microorganismos mortos também impedem a doação, porém, por períodos menores, em virtude da possibilidade de ocorrência de reações adversas nos dias subsequentes à sua administração e de reações cruzadas nos exames sorológicos realizados no sangue doado.
Vacina | Tempo de Inaptidão | |
Antirrábica após exposição à risco | 1 ano |
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Antirrábica profilática |
48h |
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BCG |
4 semanas |
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Brucelose |
48h |
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Caxumba |
4 semanas |
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Cólera |
48h |
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Coqueluche |
48h |
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Vacina Coronavírus |
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Dengue |
30 dias |
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Difteria |
48h |
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Febre amarela |
Quatro semanas |
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Febre Tifoide Injetável |
48h |
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Febre Tifoide Oral |
4 semanas |
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Gripe Influenza – vírus atenuado |
4 semanas |
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Gripe Influenza – vírus inativado |
48h |
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Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus atenuado (obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza) |
4 semanas |
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Gripe suína (Influenza A H1N1) – vírus inativado (obs: vacina trivalente em geral – combinada com outras cepas de influenza) |
48h |
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Haemophilus Influenzae |
48h |
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Hepatite A |
48h |
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Hepatite B derivada de plasma |
1 ano |
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Hepatite B recombinante |
48h |
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HPV |
Apto após 48h |
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Leptospirose |
48h |
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Meningite |
48h |
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Peste |
48h |
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Pneumococo |
48h |
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Pólio (Sabin) |
Quatro semanas |
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Polio (Salk) |
48h |
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Rotavírus |
4 semanas |
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Rubéola |
4 semanas |
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Sarampo |
Quatro semanas |
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Tétano |
48h |
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Varicela (Catapora) Zoster |
4 semanas |
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Varíola |
Quatro semanas e após queda espontânea da crosta. Se candidato retirou crosta, aguardar 2 meses. Na presença de complicações, aguardar 14 dias após resolução. Contatos que desenvolveram lesões cutâneas devem aguardar queda espontânea da crosta. Se retiraram crosta, aguardar 3 meses a partir da vacinação do indivíduo índice. Se a data for desconhecida, mas passível de ter ocorrido no período de 3 meses, aguardar 2 meses a partir da avaliação. |
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Vacinas derivadas de plasma humano |
Apto após 1 ano |
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Vacinas experimentais |
Apto após 1 ano do término do protocolo |
Situação |
Tempo de inaptidão |
Área com registro de doença de Creutzfeldt-Jakob |
Inaptidão definitiva para pessoas que tenham permanecido no Reino Unido e/ou República da Irlanda por mais de três meses, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, de 1º de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 1996 ou que tenham permanecido por 5 ou mais anos, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, na Europa após 1980 até os dias atuais. |
Chikungunya |
Apto 30 dias após de áreas com transmissão sustentada (após vinda/retorno de áreas endêmicas ou com epidemias confirmadas, nacionais ou internacionais). |
Coronavírus (Sars-Cov-2) causador da COVID-19 |
Candidatos à doação de sangue que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados de infecções pelo SARS-CoV-2 deverão ser considerados inaptos por 14 dias após o retorno destes países, desde que se mantenham assintomáticos. Para este critério, considerar as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde - https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46482-27-paises-sao-monitorados-pelo-ministerio-da-saude; OBS.: Esse critério está mantido pelo MS, até o momento, apesar do Brasil já ter sido reconhecido como local de transmissão comunitária. |
Doença de Chagas |
Contato domiciliar com triatomíneo: inaptidão definitiva. |
Residência em área endêmica de malária |
Apto após 30 dias afastado de áreas endêmicas ou de risco para malária. |
Surtos de malária |
Em casos de surtos de malária, a decisão quanto aos critérios de inaptidão deve ser tomada após avaliação conjunta com a autoridade sanitária competente. |
Viagem para área endêmica de malária |
Apto após 30 dias do retorno. |
Vírus do Oeste do Nilo |
Apto 30 dias após vinda/retorno de áreas endêmicas ou com epidemias confirmadas, nacionais ou internacionais (EUA, para consultar outros países acessar Organização Mundial da Saúde) |